Poder e Cotidiano em Sergipe
Deputados analisam mais de 140 propostas de combate ao fumo 25 de Novembro 13H:00

Deputados analisam mais de 140 propostas de combate ao fumo

Projetos preveem aumento de impostos sobre o cigarro e responsabilização dos fabricantes por doenças provocadas pelo tabagismo, dentre outras medidas. Brasil é o maior exportador e o segundo maior produtor de tabaco no mundo.

Divulgação/ Governo de São PauloA Câmara dos Deputados analisa mais de 140 propostas com restrições à fabricação e ao consumo de cigarros no Brasil. Algumas sequer deram o primeiro passo: ainda aguardam a criação de uma comissão temporária para analisá-las. Outras estão prontas para serem votadas pelo Plenário. Um desses projetos (PL 5143/13), do deputado Renzo Braz (PP-MG), pretende dobrar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre o cigarro e os derivados do tabaco.


A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o aumento de 50% da tributação da matéria-prima do cigarro, metade do que propõe Renzo Braz, poderia levar 49 milhões de pessoas a parar de fumar no mundo todo.


No entanto, o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil, Benício Werner, discorda. Para ele, subir o preço do cigarro não significa diminuir o consumo. “Quanto mais caro for o cigarro legal, maior vai ser o consumo do cigarro ilegal. Isso não quer dizer que o consumidor deixou de fumar”, diz.


Werner acredita que o aumento de cigarros contrabandeados traria prejuízos tanto para o governo, que deixaria de arrecadar impostos com a venda do cigarro legal, quanto para 183 mil famílias que vivem da produção de fumo nas regiões Sul e Nordeste.


Segundo o Instituto Nacional de Câncer, atualmente, um terço do mercado de cigarros do país já se encontra na ilegalidade ou informalidade. Em junho deste ano, a presidente Dilma Rousseff sancionou uma lei que aumentou a punição para qualquer tipo de contrabando, inclusive o de cigarros. A pena, que variava de um a quatro anos de prisão, aumentou para dois a cinco anos.


Demora na aprovação
Já o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), que é médico, acredita que o aumento dos preços é um instrumento eficaz para diminuir o consumo de cigarros. Perondi critica o fato de que projetos importantes como esse não conseguem ou demoram muito para serem aprovados no Parlamento.


“Isso de que vai aumentar o contrabando é conversa para boi dormir. Aumentar o imposto é, sim, uma das armas que muitos países usam para derrubar o consumo”, afirma Perondi.


O deputado também reclama que o Brasil não cumpre o tratado de controle do tabaco, da OMS. O País assinou o acordo há mais de dez anos, se comprometendo a viabilizar alternativas para que os agricultores diversificassem suas lavouras e plantassem outros produtos, além do tabaco.


O Brasil é o maior exportador e o segundo maior produtor da planta no mundo. “O consumo do cigarro está caindo no mundo inteiro. A indústria e o governo têm que alertar o agricultor que, no futuro, essa cultura do fumo pode não dar mais lucros e desempregar muita gente em pequenas propriedades rurais”, ressalta Perondi.


Agência Câmara Notícias
FOTO: Divulgação/ Governo de São Paulo

Comentários

  • Seja o(a) primeiro(a) a comentar!

Deixe seu comentário

Imagem de Segurança
* CAMPOS OBRIGATÓRIOS
Whatsapp

Receba notícias no seu Whatsapp.

Cadastre seu número agora mesmo!

Houve um erro ao enviar. Tente novamente mais tarde.
Seu número foi cadastrado com sucesso! Em breve você receberá nossas notícias.