A corrente Articulação de Esquerda, agrupamento interno do Partido dos Trabalhadores (PT), divulgou ontem uma nota sob o título “Aracaju merece uma alternativa popular e democrática”, com uma resolução política sobre as eleições de 2016 na capital sergipana:
eles apresentaram o nome da deputada estadual Ana Lúcia para disputar a prefeitura, pedindo que o PT “avalize” essa pré-candidatura.
O grupo afirmou que o PT precisa escolher uma candidatura que seja uma “alternativa ao desgoverno de João Alves” e que também tenha um projeto de governo popular, tendo ainda compromisso com os valores que estiveram presentes na fundação e na construção do Partido dos Trabalhadores, dos movimentos sociais e sindicais e diversos outros setores.
Os militantes da tendência petista se reuniram em Plenária de Tática Eleitoral, no último sábado. Eles avaliaram que as atenções do país estão voltadas à discussão sobre como será solucionada a crise econômica e política nacional, afirmando que “um setor da oposição de direita”, e do grande capital trabalha abertamente para, aproveitando-se da crise, realinhar o Brasil ao projeto neoliberal internacional, atacar a democracia, as classes trabalhadoras, o governo e destruir o Partido dos Trabalhadores.
Isto, segundo a nota dos petistas, confere às eleições 2016 uma importância adicional, cabendo às candidaturas do Partido dos Trabalhadores combinarem o debate das questões municipais com a defesa do projeto democrático, popular e socialista que eles afirmam ser encarnado no PT.
O grupo afirma ter conhecimento que 2016 não será uma eleição fácil, não apenas pelo quadro nacional, nem somente devido ao comportamento dos adversários, mas principalmente porque a pré-candidatura de Ana Lúcia significará, de acordo com a articulação de Esquerda, que o Partido dos Trabalhadores decidiu construir um processo unitário e consensual para escolha da candidatura a prefeita
Sem doações
Na pré-candidatura de Ana Lúcia também estaria definido que o partido não receberá contribuições empresariais e que alianças seriam feitas apenas com partidos de esquerda, sendo que a vaga de vice deve ser de alguém com o mesmo perfil político e ético. “Importante ressaltar que a Articulação de Esquerda já havia deliberado em seu último Congresso Nacional, em abril de 2015, que nenhum dos seus candidatos receberá doações empresariais, independente da decisão do STF e das potenciais mudanças na legislação eleitoral”, lembrou a nota.
“Nós da Articulação de Esquerda estamos convencidos de que o PT pode vencer as eleições municipais em Aracaju e que a pré-candidatura de Ana Lúcia tem tudo para ser um instrumento desta vitória. Confiamos que o diálogo entre os diversos setores e militantes do Partido e outras forças progressistas e democráticas da cidade é o caminho para transformar esta possibilidade em realidade”, avalia a nota.