Poder e Cotidiano em Sergipe
Confira o discurso de posse do governador Jackson Barreto 2 de Janeiro 11H:56

Confira o discurso de posse do governador Jackson Barreto

Excelentíssima senhora presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe, deputada Angélica Guimarães,
Excelentíssimos senhores e senhoras deputados desta Casa de Leis,

Em diversos momentos de minha vida pública compareci a solenidades com o propósito de tomar posse em cargos de funções públicas, para o exercício de mandatos eletivos conferidos, em sua esmagadora maioria, por generosas votações populares que expressaram a vontade do povo sergipano, em instâncias diversas do Poder Legislativo e do Poder Executivo de Sergipe e do Brasil.

Foi assim na década de 70, quando me elegi vereador de Aracaju e logo depois deputado estadual e deputado federal, sempre com expressivas votações, sobretudo na nossa capital. Foi assim também na década de 80, quando fui eleito novamente deputado federal e, logo em seguida, quando a cidade de Aracaju fez de mim o seu primeiro prefeito eleito, depois de um longo período de prefeitos biônicos, indicados pelo regime de exceção que imperava no nosso país; e o fez com uma votação tão expressiva que me consagrou, proporcionalmente, em 1985, o prefeito mais votado do Brasil.


Em 1988, novamente, fui eleito vereador mais votado de Aracaju. Depois, fui outra vez eleito prefeito da nossa capital, em 1992. Na década seguinte fui eleito duas vezes deputado federal e vice-governador do Estado de Sergipe. Em 2013, em razão das circunstâncias singulares e dolorosas que os senhores deputados conhecem muito bem, tomei posse, nesta mesma Casa onde estou agora, como Governador de Sergipe. As senhoras deputadas e os senhores deputados sabem tão bem quanto eu que as solenidades de posse dos que se submetem à provação da sociedade representam sempre um momento muito especial, de intensas alegrias e satisfação, pois desfecham uma jornada. Ao mesmo tempo fecham ou iniciam novos ciclos políticos ou administrativos, e em geral confirmam a aprovação de um projeto posto à prova da sociedade, muitas das vezes coroando a trajetória de mulheres e homens que se lançam à difícil missão pública de representar o povo.


Eu tive a felicidade de ter experimentado inúmeras vezes a alegria e a satisfação que o ato de posse dá aos empossados, ao longo de toda a minha vida pública, representando agremiações políticas que me receberam nas hostes de suas estruturas partidárias e com as quais contribuí em variados momentos históricos do nosso país e do nosso estado.


Muitas dessas posses foram vividas sob o signo da resistência, como uma afirmação da esperança sobre o medo, sobre o desespero, sobre o terror de um regime que prendia, perseguia, torturava, e até matava os que ousavam insurgir-se contra ele. Um regime que marcou a ferro a memória e a vida de gerações inteiras que não se curvaram diante do autoritarismo, nem deixaram que amordaçassem definitivamente o país. Os atos de posse de cada um dos companheiros que rompia o cerco desses tempos, senhoras e senhores deputados, desses “ásperos tempos”, como definiu brilhantemente o escritor Jorge Amado, na imortal trilogia “Os Subterrâneos da Liberdade”, eram verdadeiras comemorações do grito rouco da luta popular, que a despeito da mão de ferro do regime insistia em se afirmar, impondo-se como um grito de denúncia, de contestação, de afirmação da luta, e mais do que isso, como um canto de fé, de esperança, o canto dos que insistiam em acreditar na democracia e faziam dessa crença sua missão formidável de vida. Era como se estivéssemos gritando na cara do regime os versos de Thiago de Mello: Faz escuro, mas eu canto.


Outros atos de posse, entretanto, foram vividos em momentos mais amenos da conjuntura nacional, quando o regime, encurralado pelo avanço da luta democrática que a nação travava, já não conseguia mais sustentação popular e política para manter-se e, pouco a pouco, ia cedendo espaço para a construção de um Brasil que começava a sentir os ventos da democracia retornando à pátria. Ou mesmo quando, vencido de vez, o regime deu lugar a uma Nova República à qual se impunham tarefas urgentes de reconstrução da vida nacional sob os auspícios da democracia retomada. Os atos de posse desse período marcavam o sentido de responsabilidade de cada um em erigir as bases para que aquela democracia recém conquistada se afirmasse como um valor universal de toda a nação, e se consolidasse como traço essencial da própria nacionalidade brasileira.


E assim foi, pois houve também vários atos de posse posteriores que eu vivi já sob o signo de um Brasil verdadeiramente democrático, realizando de forma regular e natural a saudável alternância de poder, com instituições consolidadas e estáveis e, sobretudo, poderes com a necessária harmonia e independência entre si, que pouco a pouco formaram o esteio de uma sociedade democrática que cumpre o rito de aperfeiçoar cada vez mais seus mecanismos de representação popular, que cede à sociedade, cada vez mais, a responsabilidade pelo controle dos órgãos públicos, e que realiza o enorme desafio de alçar-se à condição de nação plenamente desenvolvida, capaz de ombrear-se no horizonte dos demais países nessa condição.


Fiz questão de deter-me sobre os principais cenários políticos em que se deram os atos de posse que tive a honra de protagonizar para que eu pudesse, entre todos eles, entre toda a singularidade política, histórica e cultural que cercaram todos os demais, destacar precisamente este, ao qual compareço, hoje, perante os senhores e senhoras, tomado por uma honra sem igual, para tomar posse no cargo de Governador eleito do Estado de Sergipe.


E devo lhes dizer que ao lado da alegria e da satisfação que esta posse me concede, há nela significados muito mais singulares, que marcam a minha biografia e a da minha geração de um modo muito profundamente especial. Em primeiro lugar, diferente da posse em 2013, esta posse, ainda que conserve a saudade e mantenha intacto um semblante de ausência, não se realiza sob a pungência da dor que marcava àquela, quando a vida nos tirou a liderança, a inteligência, a erudição, o talento e grandiosidade de um homem da dimensão que foi Marcelo Déda, um visionário à frente de seu tempo, que o Criador levou para junto de si. Homem, a quem o estado de Sergipe ainda deve solenes homenagens.


Aproveito esse momento para honrar sua memória lembrando o nome de uma mulher guerreira, fiel, combativa, leal ao nosso projeto, a sua companheira, Eliane Aquino, que esteve todo tempo ao nosso lado. Disse naquele momento, e volto a reafirmar hoje, que se para me tornar governador fosse preciso perder Marcelo Déda eu jamais gostaria de tê-lo sido. Mas às vezes a vida caminha por insondáveis rotas que o Destino constrói.


E é exatamente por isso que esta posse se reveste de muita alegria e muita realização, pois tenho a felicidade de comparecer a este ato após ter sido votado e eleito Governador de Sergipe pela vontade soberana e indiscutível do meu povo, que deu a mim, a este humilde servidor da nossa gente, a maravilhosa marca de mais de 537 mil votos dos sergipanos, estabelecendo uma diferença de mais de 122 mil sufrágios, coisa que há muitos e muitos anos não se via nas disputas para governador em Sergipe, e uma votação que me fez vitorioso em 67 cidades de Sergipe, o que significa a esmagadora maioria dos municípios sergipanos.


E se trago esses números para esta tribuna não é com o intuito de tripudiar de quem quer que seja, ou de estabelecer desavenças desnecessárias ao pós-eleitoral. Pois, não guardo ódio ou rancor de quem quer que seja. Nem habita em mim nenhum sentimento de vingança ou revanchismo. As eleições terminaram e sou o governador de todos os sergipanos e peço a Deus para estar à altura dessa responsabilidade.
Na verdade, quero fazer desta posse o ato de estender mão a todos os sergipanos, independente de em quem tenha votado e a todos os políticos que participaram das eleições nas hostes adversárias. Se eu trouxe esses números aqui é apenas para expressar a minha alegria pela opção inequívoca que o povo sergipano fez ao abraçar o projeto político que nosso agrupamento apresentou à sociedade e aproveitar este momento para dizer ao meu povo: muito obrigado.


Muito obrigado a cada um que participou do processo eleitoral e que votou na nossa candidatura. Muito obrigado a todas as lideranças, a todos os partidos, todos os prefeitos, vice-prefeito, vereadores, deputados, que junto comigo cerraram fileiras na defesa do projeto que levamos às ruas. Em nome do meu companheiro de chapa, candidato ao Senado, Rogério Carvalho, agradeço a todos vocês.

Faço aqui um agradecimento ao senador Antônio Carlos Valadares, que esteve conosco na eleição de governador. Muito obrigado também a todos os que foram candidatos ao pleito em nossas alianças, que alcançaram ou não êxito. Esta vitória é também de todos vocês. E o Governo que temos a responsabilidade de realizar a partir desta data também é vosso. Neste instante, quero também destacar o nome de um companheiro que esteve ao nosso lado na chapa majoritária e que seguirá de hoje em diante na honrosa condição, para mim, de vice-governador de Sergipe. A você, Belivaldo Chagas, quero expressar o meu mais profundo agradecimento, por seu companheirismo, sua retidão, sua lealdade ao nosso projeto. Quero expressar a minha mais funda e sincera confiança e dizer que você governará lado a lado comigo e será um dos artífices deste Governo que temos a responsabilidade de erigir.


E quero dedicar também esta posse a todos os nossos amigos, todos os amigos companheiros dessas jornadas e muitas outras caminhadas que fizemos.
Essa posse, senhoras e senhores deputados, reveste-se também de um significado especial para mim, porque realiza no presente um sonho que as forças herdeiras da luta democrática em nosso estado sonharam em 1994, vinte anos atrás, quando numa aliança histórica que uniu toda esquerda e o centro-esquerda de nosso estado, com minha candidatura ao governo estadual. Contra todo o esquema de forças conservadoras daquele momento, ganhamos as eleições no primeiro turno, e elegemos os dois senadores nas duas vagas em disputa – o senador José Eduardo Dutra e o senador Antônio Carlos Valadares. Infelizmente, não conseguimos manter a vitória ao governo no segundo turno. Como se diz na linguagem popular, batemos na trave, embora já houvesse indícios de que a bola havia sido desviada com a mão.


Aquela eleição, como posteriormente iria reconhecer o próprio ex-governador Marcelo Déda, que fora então eleito, pela primeira vez deputado federal, abriria caminho para que os setores populares acumulassem força necessária para que mais tarde, sob sua liderança, conquistassem pela primeira vez, o poder estadual em Sergipe, rompendo um esquema de forças que até então, articulara-se ou eram mesmo oriundas ainda do ciclo político do regime anterior.


Por isso essas duas eleições são tão significativas para mim e para as forças democráticas do nosso estado. Porque elas guardam em si o simbolismo de uma luta do passado, que tivera sua concretização política com as duas eleições de Marcelo Déda, mas que à qual faltava uma franja de materialidade, sobretudo para os integrantes da minha geração, que viveram a resistência democrática e a luta popular em nossa terra.


Essa, aliás, é outra vertente que torna muito especial essa posse, pois ela responde historicamente ao anseio de uma geração que deu os melhores anos de sua vida à luta democrática, geração temperada no fogo das batalhas políticas pela democracia e na resistência ao regime de exceção. Falo de profissionais liberais, intelectuais, artistas, operários, homens e mulheres do povo que no anonimato ou em tímidas instâncias de expressão deram sua valiosa contribuição à causa da democracia em Sergipe. Muitos deles, como eu, atuaram clandestinamente no Partido Comunista Brasileiro, o velho partidão, ou mesmo em outras agremiações clandestinas da época; e estávamos abrigados nessa que foi a verdadeira frente democrática que era o MDB, depois PMDB, casa maior da resistência ao arbítrio e da luta pela liberdade em nosso país.


E se lhes falei que passei por diversas agremiações políticas com as quais contribuí e das quais recebi indeléveis ensinamentos que trago até hoje, e que foram decisivos para a minha formação política, não posso deixar de sentir o orgulho que invade o meu ser neste momento em que, eleito governador por esta verdadeira legenda dos brasileiros, tomo posse como governador do meu estado, sob a consigna política do Partido do Movimento Democrático Brasileiro – o PMDB.


Ao recordar esses tempos, uma legião de nomes me vem à memória, e é com a alma inundada pela emoção do companheirismo que relembro aqui alguns nomes e faço reverência à memória e história desses personagens espetaculares, como disse, muitos deles anônimos, ou ainda não devidamente resgatados pelo registro da História, mas que merecem a minha homenagem: Manuel Vicente, Antônio Bittencourt, Milton Coelho, Benedito Figueiredo, João Augusto Gama, Wellington Mangueira, Laura Marques, Bosco Rolemberg, Ana Cortes, Jonas Amaral, Marcélio Bomfim, Chico Varella, Antônio Jacintho Filho, Pedro Ilário, Seu Durval Santana, Agonalto Pacheco, e tantos e tantos outros.


Deixei propositadamente por último dois nomes cuja relevância é inquestionável no panorama político sergipano e, especialmente, para mim, para a minha história pessoal e política. Quero, nesse momento, render minhas homenagens a um homem público por excelência, companheiro de jornada do PMDB, que junto conosco travou o bom combate contra a ditadura e pela democracia, o ex-deputado federal José Carlos Teixeira. Esta posse, Zé Carlos, é também sua. Pela sua luta, pelo seu fervor na defesa dos valores democráticos, pela sua coragem em fundar o MDB, pela sua sensibilidade e pelo legado histórico que você construiu ao longo de todos esses anos, o que lhe dá a respeitabilidade de que você é merecedor de toda a sociedade e a admiração profunda que todos nós nutrimos por você.


A segunda pessoa é também um velho companheiro de militância política, das lides comunistas no Partidão e no PMDB. Todos nós aprendemos a conviver e a admirar a sua voz tonitruante e sua gargalhada franca, pelas quais até hoje você é lembrado, meu amigo Rosalvo Alexandre – o nosso Bocão – mas, sobretudo, aprendemos a admirar e reconhecer a fina argúcia do seu pensamento político, com o qual você ainda hoje nos dá preciosas contribuições e a quem tantos políticos sergipanos, inclusive eu, devemos tanto. Queremos que você tenha saúde, meu amigo, e continue por muito tempo nos ajudando a entender a complexidade das conjunturas políticas que atravessamos. A você, meu amigo, companheiro de tantas lutas e jornadas, essa posse também é sua.


Lembro-me desses companheiros e das nossas lutas e tenho muito orgulho da biografia que construí junto com eles nos anos de luta. Desde estudante secundarista eu procurava olhar o mundo e entender o que se passava à minha volta. Tinha uma curiosidade nata para descobrir coisas, e foi quando percebi o peso da ditadura militar sobre o Brasil, tolhendo as liberdades e causando injustiças, que descobri o meu caminho de vida. Era contra aquilo que eu queria lutar, contra as injustiças. Por isso me lancei na trilha das lutas sociais e consequentemente na luta política. Éramos jovens que não temíamos os riscos. Sonhadores de um mundo melhor.


Lembro-me das memoráveis jornadas ao lado de Ulisses Guimarães, pioneiro célebre da luta brasileira. A luta pela Anistia, a luta pela Constituinte Livre e Soberana, cujo significado eu havia aprendido nos documentos do Partidão. E finalmente, a luta pelas Diretas Já, quando percorri nosso país de Norte a Sul levando a pregação democrática para a aprovação da emenda Dante de Oliveira, que restabelecia as eleições para presidente do país. E logo depois a luta pela eleição de Tancredo Neves no Congresso Nacional, como forma de pôr fim ao regime militar e restabelecer as eleições livres no Brasil.


Foram essas jornadas que formaram minhas convicções políticas. E sempre procurei moldar o meu modo de conduzir-me na vida pública com as feições dessas convicções e os traços do meu jeito de ser como ser humano. Os que me conhecem sabe que sou um homem humilde, desprovido de maiores veleidades. Sempre fui um amante do povo. Tenho verdadeira devoção pelo jeito criativo, trabalhador, honesto, corajoso e alegre com que nossa gente toca a vida, vencendo dificuldades e transpondo obstáculos sem perder a fé, e ainda com bom humor pra sorrir, pra cantar, pra ser feliz. É como nos versos da canção de Gonzaguinha, quando ele diz:


Eu acredito é na rapaziada Que segue em frente e segura o rojão Eu ponho fé é na fé da moçada Que não foge da fera e enfrenta o leão Eu vou à luta com essa juventude Que não corre da raia a troco de nada Eu vou no bloco dessa mocidade Que não tá na saudade e constrói A manhã desejada
Que segura a batida da vida o ano inteiro Aquele que sabe o sufoco de um jogo tão duro E apesar dos pesares ainda se orgulha de ser brasileiro Aquele que sai da batalha Entra no botequim, pede uma cerva gelada E agita na mesa logo uma batucada Aquele que manda o pagode E sacode a poeira suada da luta e faz a brincadeira Pois o resto é besteira...


Tenho nisso um exemplo a espelhar-me todo dia. Por isso, compareço a esta solenidade para tomar posse no cargo de Governador do meu estado, mas não coloco nisso nenhuma soberba. Pelo contrário, faço do exercício da humildade uma oração que rezo todo dia. Como disse uma jovem poeta que nos deixou precocemente, Maria Cristina Gama, num dos versos mais bonitos da literatura sergipana: É dura a minha prece, mas eu vivo orando.


Os senhores e as senhoras estão diante de um Governador que é filho de um bodegueiro, seu Etelvino, e de uma professora, d. Neuzice Barreto. Nasci e cresci convivendo com o povo. Vivendo suas angústias e aflições, sentindo na pele o que é também ser povo. Vi de perto o sacrifício dos meus pais quando decidiram sair do interior do estado e vir pra capital criar e educar os filhos. Comecei a trabalhar aos 13 anos de idade numa loja de tecidos no comércio de Aracaju. Depois fui carteiro na nossa cidade. Percorri ruas e ruas, bairros e bairros levando telegramas e correspondências.


Quantas vezes fui ao Palácio Olimpio Campos levar telegramas endereçados aos governadores Luiz Garcia e Seixas Dória? E agora esse ex-carteiro, o menino que estudou no colégio público Manoel Luiz, que fica na Praça da Bandeira, daqui a pouco vai ao Palácio Olímpio Campos, na condição de governador do estado, para receber os cumprimentos dos amigos e autoridades. E se faço questão de registrar esses aspectos é só para deixar claro para todos os sergipanos que Nós Podemos. Independente da nossa origem de classe, nós podemos construir o nosso próprio destino, sem estarmos fadados a um determinismo opressor que quer reservar lugares cativos somente aos chamados bem nascidos.


Tudo isso eu devo especialmente a minha mãe, D. Neuzice Barreto. Foi sob inspiração dela que minha família legou a todos os filhos a oportunidade de estudar; foi com ela que eu tive lições inesquecíveis de coragem e atitude. Com ela, também, aprendi a não baixar a cabeça pra ninguém, porque ela me ensinou que uma coisa é humildade e outra, bem diferente, é subserviência. D. Neuzice foi e sempre será minha maior e mais preciosa inspiração. Por isso essa posse também é sua, minha mãe.


Essa posse também é de meu pai, seu Etelvino, assim como também a dedico aos meus irmãos que partiram tão precocemente e cujas vidas têm significação tão funda dentro de minha alma. Jugurta Barreto, meu irmão mais velho, que sempre serviu de exemplo pra a família e especialmente para mim. Meu irmão Genelício Barreto, meu inseparável companheiro das jornadas eleitorais. E minha irmã Eleonora Barreto, a quem eu sempre confiava tarefas de organização do povo e mobilização. Onde todos vocês estiverem, sei que estão felizes, pois sabem que fazem parte desta conquista.
Quero também dedicar esta posse aos meus outros familiares. Meus irmãos Gileno Barreto, Joaci Barreto, Gilson Barreto e Eliene Barreto. E aos meus sobrinhos, tios, tias, primos e primas, que sempre torceram e trabalharam pelas minhas causas.


Foi a simplicidade com que construí meu perfil humano e o sentimento de amor ao povo que os aracajuanos, especialmente, puderam ver quando fui prefeito de Aracaju. Todos os analistas são unânimes em apontar que fui o prefeito que, pioneiramente, levei a Prefeitura para a periferia da cidade, dando voz e vida aos anseios das comunidades esquecidas ao longo dos anos, marginalizadas pela exclusão e relegadas à condição de cidadãos de segunda categoria, aos quais eram negados os serviços básicos a quem tem direitos e as obras necessárias à dignidade humana. Quem como eu que nascera no meio do povo, não poderia jamais conviver com essa discriminação.


E as minhas gestões na Prefeitura de Aracaju deixaram, sobretudo nos bairros mais pobres, nas comunidades mais carentes, as marcas da cidadania: foram 23 escolas construídas, zerando um déficit escolar de 14 mil crianças fora da escola; foram 10 centros de saúde edificados no coração indigente da nossa urbanidade; foram 12 creches entregues às mães trabalhadoras, dando-lhes a oportunidade de ganharem seu sustento, com a tranquilidade de terem os seus filhos bem cuidados. Foram dezenas de bairros inteiros drenados e pavimentados, levando salubridade e dignidade aos seus moradores. Deixei boas marcas onde fui marcado pela vida.


É uma obra, meus senhores e minhas senhoras, que me enche de orgulho e de senso de responsabilidade cumprida perante a minha gente. Por isso, quando agora em 2014 retornei às ruas de Aracaju, reencontrei velhos amigos espalhados por todos os bairros; e com agradável surpresa recebi dos aracajuanos a alegria do reconhecimento desse trabalho, não só das gerações que viveram a realização dessas obras, mas das gerações mais novas, que tomando conhecimento da história de suas comunidades, abraçaram a nossa mensagem com confiança e esperança. Essa posse, meus queridos aracajuanos, também é sua. Assim como é também de todas as cidades e suas populações que compreenderam o significado de nossa pregação e nos possibilitaram estar hoje aqui cumprindo esse rito de passagem.


Mas não vim aqui, senhoras e senhores deputados, minhas senhoras e meus senhores, para falar-lhes do passado. Se o fiz, até agora, é somente porque acredito na reflexão da escritora francesa Marguerite Yourcenar, quando ela conclui que Quando se gosta da vida, gosta-se do passado, porque ele é o presente tal como sobreviveu na memória humana.


E, muitas vezes, é exatamente no exame dessa memória – a memória humana, a memória coletiva, a memória social, a memória econômica, a memória histórica, a memória cultural – onde encontramos as razões do presente e os insights para a construção do futuro.


Temos pela frente a honrosa, mas também difícil tarefa de governar o estado e criar as bases para que continue crescendo, se desenvolvendo, provendo aos seus filhos melhores condições de vida e levando felicidade e prosperidade para as famílias. A responsabilidade de trabalhar para fazer de Sergipe um lugar onde as futuras gerações encontrem as condições necessárias e suficientes para levar adiante suas vidas com progresso.


Urge inaugurar um novo ciclo de governança, que marque os desafios que temos daqui pra frente. Desafios que se ancoram no presente e no passado que vivemos até então, mas que precisam ser vistos pela expectativa do futuro, pois, senhoras e senhores, é de futuro que quero lhes falar.
O estado que vou continuar a dirigir a partir de hoje é um estado promissor. Entre os estados nordestinos, apresentamos os melhores indicadores sociais e econômicos: temos o maior PIB per capita da região, e a renda média familiar por habitante de Sergipe é também a mais elevada do Nordeste.


O Índice de Desenvolvimento Humano de Sergipe saiu do patamar considerado baixo desenvolvimento, em 2000, para em 2010 chegar ao nível considerado médio desenvolvimento humano. Nosso desafio é fazê-lo crescer ainda mais e atingir a marca considerada de alto desenvolvimento humano. É um esforço que perseguiremos em nossa gestão, dando uma contribuição para que no mais curto espaço de tempo, Sergipe alcance essa marca.


Acredito que não há nada mais importante para a dignidade das famílias do que a oportunidade de obter emprego decente, de ganhar a vida com seu suor e prover àqueles que lhe são caros. Fico feliz em constatar que nosso estado tem dado essa alegria às famílias sergipanas. Entre 2007 e novembro de 2014 foram criados 125 mil empregos com carteira de trabalho em Sergipe, o melhor resultado de todos os tempos, com distribuição equilibrada entre a capital e o interior do estado. É uma média superior não apenas à brasileira, mas também à nordestina, que tem crescido mais do que o resto do país, e se isso tem a ver com a conjuntura econômica, muito mais ainda revela o esforço que vem sendo desenvolvido por nós.


A nossa agricultura tem se desenvolvido a passos largos, tanto o agronegócio quanto a agricultura familiar. É o resultado de uma estratégia que vimos realizando ao longo dos últimos anos, de valorização do pequeno produtor e fortalecimento das cadeias produtivas. Fico especialmente feliz quando vejo o nosso sofrido semiárido encontrando alternativas de sobrevivência digna para sua população. A cultura do milho se consolidou como a principal atividade agrícola do estado, se destacando em relação a outras também importantes, como a mandioca e o feijão e, principalmente, a cana-de-açúcar e a laranja, tradicionais culturas e alicerces da agricultura sergipana. No alto sertão, consolidou-se uma bacia leiteira que atraiu unidades fabris de beneficiamento de leite e derivados, o que descortinou novas perspectivas de desenvolvimento para a região.


No setor industrial, dezenas de novas unidades produtivas foram atraídas pelo PSDI, o Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial, e nos esforçamos para distribuir a sua instalação pelo interior do estado, desconcentrando a convergência que havia na capital e possibilitando levar desenvolvimento também para as cidades do interior. Anunciamos recentemente a instalação no município de Estância da Fábrica de Vidros do Nordeste, do grupo francês Saint Gobain; no município de Laranjeiras, a fábrica de cimento do Grupo Brennand, originário de Pernambuco; e em Santo Amaro a fábrica de cimento Apodi, do grupo Dias Branco, do Ceará. São investimentos de grande porte, que alcançam cifras de bilhões de reais. São empresas que aqui se instalam para participar do crescimento do mercado da região do Nordeste e encontram em Sergipe localização estratégica, infraestrutura adequada, um ambiente de negócios sadio, sem os vícios de outros tempos, e uma qualidade de vida diferenciada.


São especialmente significativos os investimentos da Petrobras, em parceria com empresas internacionais, em águas ultraprofundas do nosso litoral. As descobertas de petróleo e gás em Sergipe constituem uma das mais promissoras fronteiras de exploração com que o Brasil conta atualmente. No horizonte de cinco anos, a produção de petróleo e gás de Sergipe deverá multiplicar, pelo menos, quatro vezes, o que vai exigir investimentos complementares como uma nova planta processadora de gás natural em Rosário do Catete, o que passará a ser uma das nossas principais bandeiras de luta junto ao governo federal.


Não menos importante é a continuidade da produção de potássio por mais algumas décadas, a partir da implantação do Projeto Carnalita da companhia Vale, investimento da ordem de R$ 4 bilhões de reais, o maior do setor privado na história de Sergipe. Escolas técnicas estaduais e federais e campi avançados da Universidade Federal de Sergipe vêm sendo instalados nos principais polos do interior do estado, respeitando as vocações econômicas de cada região, abrindo perspectivas de crescimento econômico e oportunidades para os jovens, que não mais precisarão migrar para a capital para buscar formação profissional e emprego de qualidade.


Também têm sido relevantes os investimentos que realizamos no setor de saúde e de saneamento, em parceria com o governo federal. Foi necessário, inicialmente, recuperar e ampliar o sistema de saúde, que não dava conta para atender as necessidades, nem do interior, nem da região metropolitana. Encontramos os hospitais regionais fechados e o conjunto do sistema inoperante. O governo fez investimentos de mais de 300 milhões de reais, entre a ampliação do HUSE, construção e instalação de hospitais regionais e as clínicas das famílias, sem falar na implantação de UTIs no interior do Estado. Além disso, já estamos em processo de construção do Centro de Reabilitação da Pessoa com Deficiência e do Hospital do Câncer.


Embora os investimentos tenham sido altos, temos plena consciência, entretanto, que a prestação dos serviços de saúde ainda está aquém das necessidades reais da população e este é um grande desafio que o meu governo vai enfrentar. É urgente que se dê prioridade absoluta à prestação dos serviços, inclusive revendo os procedimentos da Fundação de Saúde e de toda a rede pública de saúde do estado.


Perseguindo também este objetivo, cobraremos também do governo federal, do governo da presidente Dilma Roussef, maior atenção aos estados no que diz respeito à saúde e à divisão dos recursos para esta área. Não dá mais pra conviver com uma repartição desigual e uma tabela do SUS que sufocam estados e Prefeituras, comprometendo enormemente a prestação dos serviços.


Aliás, temos muitas expectativas em relação ao governo da presidente Dilma Roussef. Queremos que ela faça o melhor de todos os governos e para isso, sei que ela poderá contar com Sergipe e com os sergipanos, que nunca lhe faltaram e deram a ela uma brilhante e retumbante vitória em todos os nossos municípios. Desejamos saúde, discernimento e, acima de tudo, gratidão a um povo que fez dela o estandarte de um projeto em que acreditamos e pelo qual lutamos.


Nossa expectativa, entretanto é que o governo da presidente realize realmente uma reforma fiscal que divida melhor o conjunto dos recursos, que corrijas graves distorções que vieram se acumulando ao longo dos anos e que potencialize a mão estendida aos estados, sobretudo, como já disse, em áreas como a saúde e também a segurança pública. Em sua pregação política a presidente chegou a propor uma integração maior entre as forças policiais federais, estaduais e municipais. Gostaríamos muito que isso fosse posto em prática, colaborando com as imensas responsabilidades que os estados arcam, sozinhos, com a segurança em seus territórios.


Nesse particular, também quero reafirmar meus compromissos com o povo sergipano, de continuar trabalhando para que o nosso estado retome o nível de segurança e tranquilidade que sempre foi sua característica e motivo de orgulho. Já trabalhamos nesse sentido valorizando os nossos policiais, renovando a infraestrutura de segurança do estado, modernizando e ampliando equipamentos, armamentos, veículos e artefatos de comunicação, e aumentando o efetivo através de concursos. Foram passos importantes que precisam ser ampliados para uma maior eficiência. E este é o nosso compromisso.


É nosso compromisso também continuar trabalhando para que a educação seja efetivamente e cada vez mais um instrumento, ao mesmo tempo, de ascensão pessoal e de contribuição para o desenvolvimento sergipano. É preciso focar na qualidade do ensino que realizamos em nossa rede. É preciso melhorar a qualidade do ensino que fornecemos, sob o risco de atrasar-nos indefinidamente em relação aos outros estados, condenando, especialmente, nossa juventude a um futuro incerto e obscuro.


O analfabetismo também é uma chaga a ser combatida diuturnamente. Não é possível em pleno terceiro milênio convivermos com um percentual elevado de pessoas que, sequer, sabem ler e escrever. Isso é reprovável. Enquanto houver um único sergipano nessa condição, o estado terá falhado na sua missão de ser uma agente de promoção do ser humano. Essa é uma exigência que precisa ser encarada com a agudeza que a questão impõe. E nós faremos isso.


O acesso universal ao saneamento básico, um direito de toda população, é um desafio que exige a articulação entre as esferas federal, estadual e municipal. Saneamento básico é uma das áreas mais fundamentais para o desenvolvimento, e os investimentos no setor estão sendo priorizadas para os próximos anos. Ao todo, já somam mais de 1,49 bilhão de reais o montante destinado a obras concluídas ou em andamento em esgotamento sanitário e fornecimento de água. E para o futuro, já temos assegurados recursos da ordem de 779,3 milhões de reais.


No elenco das maiores intervenções de Sergipe nesse setor, quero destacar uma obra – ainda em fase de preparação do seu projeto técnico – mas que é emblemática para o nosso estado que é o Canal de Xingó. Quando estiver em funcionamento, essa obra vai assegurar o fornecimento de água para uso múltiplo na região mais seca do nosso estado, redimindo nosso semiárido e os habitantes dessa região. O Canal de Xingó está orçado em R$ 2,4 bilhões e é um sonho antigo dos sergipanos.


É claro que temos também muitos desafios, e também temos inúmeras dificuldades. Como todos sabem, há três anos a economia brasileira, premida pela crise internacional, apresenta taxas de crescimento muito baixas, com reflexos diretos na situação das finanças públicas nas três esferas de governo. Sergipe não é exceção, e sentiu os efeitos dessa crise. Somente este ano, houve uma frustração de receitas da ordem de 200 milhões de reais.


Significa que esse montante de recursos deixou de entrar nos cofres públicos, comprometendo profunda e gravemente a realização das tarefas estaduais. Por isso resolvemos encarar imediatamente o desafio de ajustar o estado às condições impostas e dar um passo importante na modernização da gestão. Aliás, essa situação não é um privilégio de Sergipe. Diversos estados da federação estão passando por dificuldades similares ou mais graves e são diversos os governos que estão anunciando medidas muito drásticas.


Mas se temos os olhos fixos no futuro e a compreensão abrangente do presente, toda crise é também uma oportunidade. As condições desfavoráveis que a conjuntura nos impõe nos deram também a chance de iniciar um processo de modernização da máquina administrativa. Com o auxílio dos senhores, estamos dando agora os passos iniciais para a criação de um Estado mais ágil, mais eficiente, um Estado que tem o tamanho necessário para corresponder às suas necessidades e fornecer serviços melhores aos seus cidadãos.


Peço licença aos senhores e às senhoras para fazer um agradecimento especial a este Parlamento pela aprovação, recentemente, dos projetos de lei que normatizam a reforma administrativa e de modernização da máquina pública, e que podem significar uma economia de mais de 200 milhões por anos aos cofres públicos.


Os sergipanos reconhecem o esforço feito pelos senhores; reconhecem, acima de tudo, a visão de futuro, a coragem para enfrentar desafios e a capacidade de união que esta Casa demonstra quando o que está em jogo são os interesses dos sergipanos. E é com este espírito de união com esta


Casa que pretendo realizar o meu mandato pelos próximos quatro anos, fazendo do nosso mister uma civilizada e honrada relação entre parceiros. Em nome de cada sergipano eu lhes agradeço agora. Muito obrigado.Nunca é demais lembrar que o compromisso do Governo do Estado é com todos os dois milhões e duzentos mil sergipanos que demandam políticas públicas de qualidade a fim de atender as demandas de hoje e assegurar um futuro de oportunidades para seus filhos.


Estamos confiantes em relação ao presente e futuro de nossa gente. Deus nos deu régua e compasso para traçar o nosso destino, com luta, trabalho e respeito pelo povo. Temos a convicção que estamos trilhando o caminho mais seguro e promissor para retribuir a confiança depositada em nós pelo povo sergipano.


Nesse sentido, faço um apelo aos demais poderes, a este Legislativo e ao Judiciário, bem como as Instituições auxiliares, o Tribunal de Contas e o Ministério Público, para que se somem ao esforço que o Poder Executivo já começou a fazer e deem também sua colaboração a Sergipe. Acredito que há espaço para isso e o momento nos chama a essa atitude. Tenho certeza que este apelo não será em vão.


Nosso compromisso é o de melhorar a qualidade de vida dos sergipanos, em torno dos dois eixos fundamentais com que nos comprometemos durante a campanha eleitoral: cuidar das pessoas e cuidar do futuro. Cuidar das pessoas é o desafio de perseguir diuturnamente a elevação da qualidade na prestação das políticas públicas, muito especialmente nas áreas de saúde, educação, segurança e mobilidade urbana, numa demonstração inequívoca de que o Governo se importa com as pessoas e se compromete com o atendimento de suas demandas mais prementes.


Seremos um Governo Presente, que vê as pessoas, conhece suas angústias e expectativas e torna-se seu aliado no dia a dia com respostas às suas necessidades. Um governo que assegura direitos e amplia a cidadania. Seremos também um Governo do Futuro, que vê mais longe, que pensa, planeja, prepara e cria as condições estruturais para o desenvolvimento econômico, social, político e cultural de Sergipe. Um governo que assegura à geração presente e às gerações futuras emprego, investimentos em infraestrutura, progresso cultural, científico e tecnológico, em um modelo sustentável e conectado com os novos tempos; esses tempos marcados por uma sociedade cada vez mais exigente, que quer acesso às políticas públicas não como um favor, mas como um direito. Uma sociedade que quer oportunidade, inclusão social, participação e democracia.


Como magistralmente definiu o cientista indiano Amartya Sen, Prêmio Nobel de Economia, eu diria que o nosso compromisso é o de promover a liberdade substantiva:
(...) não apenas formalidades, mas sim o tipo de vida que as pessoas têm a possibilidade de conquistar, o que elas podem fazer com suas vidas e qual tipo de ajuda elas precisam do Estado para esta liberdade substancial (...) a fim de criarmos uma sociedade decente, em que as pessoas têm mais liberdade para alcançarem as vidas que elas teriam orgulho e felicidade de ter.


Senhores deputados, senhoras deputadas,
Governar um Estado diz respeito a garantir as condições para que seus filhos possam construir sua felicidade. É dar as ferramentas para uma sociedade possa florescer e prosperar. Para isso, no entanto, é preciso mais que as boas intenções, ou a disposição para o trabalho. É preciso ter sempre em mente as necessidades do futuro e uma visão que permita enxergar mais longe, ter um norte definido de onde queremos chegar, sem perder de vista, entretanto, os desafios do dia a dia.


É uma tarefa tão gigantesca que precisa ser uma tarefa coletiva, de toda a sociedade, onde o governo tem muito a fazer, mas não pode tudo. Por isso mesmo quero também estender a mão à iniciativa privada do meu estado, com quem quero contar, para parcerias públicas que possam ser estabelecidas para a realização de tarefas aonde a natureza da experiência empresarial é decisiva. Os senhores podem ter certeza, que dentro dos parâmetros da Lei, o Estado de Sergipe será cada vez mais vosso parceiro.


Sou um homem de fé. Aprendi nos momentos de dificuldade a olhar pra cima e renovar essa inquebrantável confiança no Divino. Tenho certeza que com a força do nosso povo e a fé em Deus onipotente, estamos começando hoje um novo ciclo. O mandato que me foi confiado pelo povo sergipano é, acima de tudo, uma ordem para que, daqui a quatro anos, eu deixe ao meu sucessor um Estado mais desenvolvido, mais igual, mais feliz. Um Sergipe melhor. Esse é o meu compromisso:


Cuidando do presente, preparar Sergipe para o futuro.
Muito Obrigado.

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