Belivaldo diz que governo não tem discutido candidaturas

Tido como o principal nome da base governista para a disputa eleitoral de 2018, o vice-governador Belivaldo Chagas (PMDB) disse ao BLOG DO MAX/JORNAL DA CIDADE que não há hoje discussão sobre candidaturas dentro do governo.

Isso é determinação do próprio governador Jackson Barreto (PMDB), que avalia ser o momento de focar nas questões administrativas.

As discussões sobre a eleição de 2018, diz Belivaldo, devem acontecer somente a partir do segundo semestre deste ano - sem data definida.

“Não estamos discutindo candidaturas dentro o governo. Neste momento político a população não quer isso, quer saber de reajustes do funcionalismo, salários dos servidores. Não estamos fazendo nenhuma pesquisa para procurar avaliar nomes, não se discute sucessão dentro do governo, não há nenhuma preocupação com esse assunto agora”, disse ele, afirmando ainda que só no próximo ano existirá um quadro delineado sobre quais sertão as possíveis candidaturas. “Aí é natural que haja uma movimentação política”, avaliou.

Sem compromisso
Belivaldo foi direto ao dizer que sua permanência no grupo não implica em nenhuma obrigação do governador Jackson Barreto para com ele. “Até porque candidatura não pode se impor, tem que se duscutir. Se lá na frente for decidido, tudo bem, mas não existe esse negócio de que tenho que ser candidato”, falou.

“Não há uma coisa fechada, definida, não há compromisso, obrigação, nem comigo nem com ninguém. Até o momento não se fechou esta questão e não estamos discutindo”, falou Belivaldo, complementando que quando decidiu não acompanhar o PSB (quando da cisão política com o grupo do governador), não houve qualquer tipo de ‘acerto’ político desta natureza.

“Isso não significa que por ter ficado ao lado de Jackson Barreto ele tenha obrigação alguma. Quando decidi não acompanhar o PSB, assim procedi porque estava onde me colocaram e decidi que não era o momento de abandonar um barco para aderir a um projeto político de ordem pessoal, e não coletivo, que era eleger o filho dele. Valadares abandonou o barco para tentar viabilizar a candidatura do filho, por isso fiquei”, explicou o vice-governador sergipano.

PT
Questionado pela reportagem sobre as recentes manifestações de filiados ao PT, que defenderam uma candidatura do partido ao governo do estado, Belivaldo considerou as falas como legítimas.

“Todos do grupo possuem o direito de discutir nomes para a chapa majoritária, para governador, para vice e para senador. O PT sempre nos acompanhou e foi um parceiro correto. Cada um que busque o seu espaço, isso vale para todo e qualquer partido do agrupamento. O PSD pode buscar uma vaga para o senado, o partido de Heleno também... o bom é que temos nomes, temos um agrupamento político e temos um líder, não temos um rei. Jackson não é um rei, que vai impor candidaturas sem ouvir a todos”, explicou.

Ações do governo
Enquanto isso, afirma Belivaldo, o governo tem o que mostrar, pois está se apresentando no interior, inaugurando obras, assinando ordens de serviço e liberando recursos. “Apesar das dificuldades, temos obras e ações em boa parte de Sergipe. Não estamos fazendo política, estamos cumprindo nosso dever e temos o que mostrar”, falou.