Poder e Cotidiano em Sergipe
“Aracaju precisa sair da paralisia” 2 de Novembro 19H:29

“Aracaju precisa sair da paralisia”

Nesta entrevista ao BLOG DO MAX/ JORNAL DA CIDADE, o presidente estadual do PT, Rogério Carvalho, foi direto ao falar de política: seu partido até o momento possui uma única candidatura à prefeitura de Aracaju, que é a deputada estadual Ana Lúcia.


Ele não descartou a discussão do projeto com outros partidos da base aliada, mas é contundente ao criticar a administração do prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM), que segundo ele, interrompeu o processo de melhorias na capital, iniciado por Jackson Barreto e Marcelo Déda.


Ele também acusa o prefeito de centrar investimentos nos bairros com maior renda. Leia a seguir.
 
 
BLOG DO MAX - O senhor permanece no ministério da saúde até quando? Permanecerá no cargo, mesmo com novo ministro?
Rogério Carvalho- Eu coloquei o cargo à disposição do novo ministro assim que ele tomou posse. Na sequência, fui convidado para fazer a apresentação de todos os projetos e para permanecer no cargo até a nomeação do novo secretário.
 

BM - Caso deixe mesmo o posto no Ministério da Saúde, já tem convites ou projetos para novo desafio? 
RC - Sim. Fui convidado para integrar uma assessoria na Empresa Brasileira de Hemoderivados, para prestar uma consultoria à Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo e em outras secretarias estaduais de Saúde.
 

BM - O PT terá candidatos a prefeitos em quantos municípios? Quantos com chances reais de vitória? 
RC - Já temos pré-candidatos em 33 cidades com grandes chances de vitória.
 

BM- As denúncias e constantes notícias contra o PT devem enfraquecer o partido nas eleições do próximo ano? Qual será o impacto disso em Sergipe?
RC - As denúncias são contra políticos de vários partidos. Acredito que em 2016 vários partidos sofrerão as consequências da Lava Jato. É importante lembrar que as eleições municipais respondem a demandas imediatas de prestação de serviço e as pessoas votam no candidato que melhor representare o atendimento das suas expectativas. E a nossa pré-candidata não têm nenhuma acusação, ao contrário, é sinônimo de honestidade.
 

BM - Em Aracaju, a candidatura do PT à Prefeitura é irreversível? O PT pode compor e indicar o vice em alguma chapa? 
RC - Nos últimos anos, o PT foi apoiado em 2000 e 2004, e apoiou em 2008 e 2012. Quem participa de uma coligação política, sabe que quem apoia quer ser apoiado e quem é apoiado deve apoiar um dia. Acho que o PT tem uma história, um legado importante na prefeitura de Aracaju, que o aracajuano sente falta. Nós revolucionamos essa cidade, com serviços de excelência, como o Samu e melhoria na qualidade de vida das pessoas. Por isso, acredito numa candidatura do PT e acho o nome da professora Ana Lúcia muito adequado para atender as necessidades da população de Aracaju. É um nome com história e trajetória de compromisso com as transformações sociais e a qualidade de vida das pessoas.
 

BM- O partido já está discutindo isso? Quando começará essa discussão e quando sairá uma definição de apresentar candidatura, ou de quem será o candidato do partido? 
RC - O PT segue um calendário eleitoral nacional. Mas, informalmente, as correntes internas discutem a eleição para a prefeitura de Aracaju e de outras cidades.
 

BM- A apresentação de vários candidatos de oposição a João Alves Filho é uma estratégia boa? João não pode se beneficiar dessa fragmentação?
RC - Penso que toda candidatura, de qualquer partido aliado, é legítima e, claro, deve ser considerada na construção do bloco que disputará com o prefeito João Alves a prefeitura da capital. Esse grupo, do qual nosso partido participa, liderou o processo de transformação de Aracaju e de Sergipe nos últimos 13 anos. Nós temos muitos nomes e João, que não foi a solução para nada, está muito mal avaliado. Aracaju precisa sair da paralisia e retomar a construção iniciada por Jackson, Deda e pelo PT.
 

BM- Mais alguém no PT já demonstrou interesse em apresentar candidatura à Prefeitura de Aracaju?
RC - Até o momento, somente a deputada Ana Lúcia se colocou como pré-candidata. 
 

BM
- O PT pode apoiar Valadares Filho, novamente? Pode apoiar um candidato do PMDB? Pode apoiar Edvaldo Nogueira? 
RC- Todos têm suas pré-candidaturas postas. O PT está apresentando a sua. As pré-candidaturas postas do PCdoB e do PSB querem dos partidos aliados a adesão pura e simples. O nosso partido quer discutir. Em 2008, nós  apoiamos a candidatura do PC do B, em 2012, nós  abrimos mão da nossa candidatura e apoiamos PSB, portanto o PT está aberto à discussão para 2016. Quando governamos Aracaju, mudamos a cara da cidade, melhoramos os indicadores de Saúde, a limpeza urbana e realizamos obras em todos os bairros da cidade, em todas as áreas. Aracaju se tornou a capital da qualidade de vida. A nossa candidatura quer retomar as melhorias da cidade de Aracaju que João interrompeu ou piorou. João Alves não fez investimentos nos bairros onde residem os mais necessitados. Concentrou os investimentos na Praia 13 de Julho. Bairro com o maior IDH e renda da cidade. O que mostra que João governa de costas para os pobres. João Alves focou sua administração em uma obra na 13 de Julho, esquecendo a periferia. Com esse recurso gasto na 13, poderiam ter construído áreas de lazer em vários bairros, como no Bugio, Santos Dumont, J.K, coqueiral, construído novos postos de Saúde, melhorado o transporte, cumprido as promessas. Nossos governos olharam para toda cidade, o de João, só para os bairros nobres.
 

BM- O grupo do tesoureiro nacional do PT, Márcio Macêdo, voltou a ter maioria no partido? O que gerou a saída de nomes como Francisco Gualberto e Severino Bispo da sua base de apoio no PT? 
RC - O grupo Militância Presente, composto por mim, Emanuel Nascimento, Magal, vários prefeitos e vereadores, pela EPS, liderada por João Daniel em aliança com a articulação de Esquerda, liderada por Ana Lúcia, é maioria no PT. Prova disso é que na ultima reunião do diretório estadual do PT, realizada no inicio desse mês, aprovamos todos os pleitos. Temos uma excelente relação com o deputado Francisco Gualberto que optou por uma posição independente.
 

BM- Lula será candidato em 2018? Lula ainda é um mito? O PT tem outros nomes? 
RC - Lula foi o maior presidente da história do Brasil e o político brasileiro com maior reconhecimento internacional da história do nosso país.  Com essa história, ele sempre será  lembrado, enquanto tiver disposição física, como liderança capaz de disputar qualquer pleito e dar continuidade à obra da construção da esperança e da altivez do povo brasileiro. Lula liderou o processo de transformação do Brasil em uma grande nação.
 

BM- O senhor acredita que pode haver um impeachment da presidente Dilma?
RC - Não acredito que as instituições republicanas do Brasil deixarão o casuísmo político de um grupo de políticos mimados, derrotados nas eleições de 2014, que querem,  por capricho, fazer do Brasil uma republiqueta com donos. O Brasil é do povo brasileiro. É do voto que emana o poder nas democracias, e a maioria dos brasileiros escolheu a presidente Dilma. Não acredito que o capricho dos derrotados seja maior que a força das instituições exercício pleno da democracia.
 

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