Poder e Cotidiano em Sergipe
Aracaju é a capital do Nordeste que mais reduziu despesas 31 de Julho 8H:08

Aracaju é a capital do Nordeste que mais reduziu despesas

Capital sergipana foi a 3ª que mais reduziu gastos em todo o país. Houve cortes no custeio, cargos comissionados e consultorias

 

Durante os primeiros seis meses de 2017 Aracaju foi a capital do Nordeste que mais reduziu despesas. Foi também a terceira do país que mais cortou gastos.

 

O dado foi revelado em reportagem do jornal Valor Econômico, de circulação nacional, que baseou o seu levantamento nos relatórios fiscais de 21 capitais enviados à Secretaria do Tesouro Nacional.

 

Em 12 delas, ou seja, na maioria, a despesa aumentou, havendo um desequilíbrio orçamentário que prejudicará ações de melhoria dessas cidades em um futuro não tão distante. Aracaju, por sua vez, fez a lição de casa.

 

A política de gestão financeira na capital sergipana atuou de forma a fazer com que, comparando o primeiro semestre de 2016 com o de 2017, a receita crescesse 4,52%, enquanto que as despesas caíram 11,76%. Os dados de Aracaju foram mais positivos do que a média nacional.

 

Na avaliação das 21 capitais analisadas, houve uma variação de 3,6% nas despesas e de 2,02% nas receitas, em média. Isso significa que Aracaju, ao contrário da maioria das outras capitais, está conseguindo equilibrar suas contas em tempos de crise financeira acentuada em que o próprio Governo Federal apresentou o maior déficit registrado desde 1997.

 

CORTES 

“Esta é uma mostra concreta de que estamos no caminho certo. Aracaju é a capital nordestina que mais conseguiu diminuir despesas. Cortamos em 20% os gastos com custeio da máquina e em quase 50% os cargos comissionados. Reduzimos os gastos de todas as formas possíveis. Por isso estamos pagando salários em dia, este mês inclusive antecipamos o salário para a sexta-feira, dia 28. Por conta do nosso esforço estamos realizando também operação tapa-buraco, reequipando os postos de saúde, já inauguramos escola, estamos voltando a ter qualidade na limpeza. Todos os prestadores de serviço, todas as empresas que atendem à prefeitura estão recebendo em dia. Tudo isso é fruto das economias que estamos fazendo”, afirmou o prefeito Edvaldo Nogueira.

 

Esforço

A Prefeitura tem conseguido, aos poucos, reequilibrar as contas mesmo depois de ter herdado dívidas da gestão anterior (R$ 530 milhões a curto prazo, além de um valor que ultrapassa R$ 334 milhões de débitos parcelados a longo prazo). O relatório do primeiro semestre de 2017 mostra que houve redução de despesas na ordem de R$ 65 milhões, se comparado com o mesmo período de 2016. Os principais itens que contribuíram para que Aracaju alcançasse este índice estão justamente no controle do custeio da máquina pública.

 

“Tivemos reduções bastante significativas: queda de 20,35% no custeio, nos seis primeiros meses. Só aí dá uma economia de R$ 58 milhões. E em alguns itens a queda foi muito mais acentuada como, por exemplo, a queda das diárias (redução de 73,5%), passagens e locomoção (redução de 62,4%), material de consumo/funcionamento das secretarias (redução de 55,7%), material promocional/folders/panfletos/ (redução de 62%) e o índice que mais chama atenção foi a redução de 94% com consultorias”, informa o secretário da Fazenda, Jeferson Passos, que também ressaltou o corte de cerca de 50% com cargos de comissão.

 

De acordo com a prefeitura, a contenção de despesas e o aumento da receita não significam que está sobrando dinheiro em caixa, mas sim que a verba está sendo bem administrada para equilibrar as contas e, assim, investir massivamente em melhorias para a população, como já vem sendo feito com a regularidade no pagamento dos salários dos servidores dentro do mês trabalhado e com a prestação de serviços básicos mais eficiente.

 

“Esta disposição em conter e qualificar os gastos, fazendo com que, efetivamente, os recursos sejam aplicados na finalidade primordial da administração pública, continuará sendo perseguida. A perspectiva para o segundo semestre é continuar nesse ritmo. Houve uma determinação de contingenciamento de gastos de 20% do orçamento e isso vem sendo atingido no tocante a custeio. O empenho é continuar contendo os gastos de custeio, canalizar recursos efetivamente para o funcionamento das atividades do município e buscar manter um crescimento nas receitas para poder equilibrarmos as contas públicas”, reforçou Jeferson Passos.

 

Redução do endividamento

De acordo Passos, havia uma perspectiva negativa do resultado nominal para o orçamento de 2017, com probabilidade de aumento do endividamento da Prefeitura em R$ 51 milhões neste período. "No entanto, o esforço orçamentário feito permitiu que o Município deixasse de aplicar R$ 157 milhões, direcionando esse recurso para diminuir o endividamento em R$ 104 milhões, ao invés de aumentá-lo", esclareceu.

 

Previdência

Assim como nas demais capitais brasileiras, o déficit da Previdência é o maior problema que o município tem que enfrentar. A análise dos dados do semestre mostra que o que continua aumentando no município são as despesas com aposentadorias e pensões que tiveram um crescimento de 19,9% no semestre.

 

“Uma situação grave nacionalmente, pois a maioria das capitais também enfrenta, e que compromete a receita, mas que vem sendo tratada com total atenção. É claro que a gente ainda tem uma situação de desequilíbrio financeiro, com passivos significativos. Mas o caminho a ser perseguido é a manutenção desse controle de gastos para regularizar no futuro as contas do Município", ponderou.

 

AAN

Comentários

  • Seja o(a) primeiro(a) a comentar!

Deixe seu comentário

Imagem de Segurança
* CAMPOS OBRIGATÓRIOS
Whatsapp

Receba notícias no seu Whatsapp.

Cadastre seu número agora mesmo!

Houve um erro ao enviar. Tente novamente mais tarde.
Seu número foi cadastrado com sucesso! Em breve você receberá nossas notícias.