Poder e Cotidiano em Sergipe
“Aracaju compreendeu nosso projeto e não aceitou a campanha da mentira”, diz Valadares Filho 24 de Outubro 10H:01

“Aracaju compreendeu nosso projeto e não aceitou a campanha da mentira”, diz Valadares Filho

Com 98.071 votos, o deputado federal Valadares Filho (PSB) chegou ao segundo turno da sucessão de Aracaju contra Edvaldo Nogueira (PC do B), com apenas 0,67% de diferença.

 

Ele obteve 38,09% e o comunista, 38,76% (99.815 votos). Com as pesquisas no segundo turno lhe dando uma vantagem que varia de 15 pontos a 20 pontos, Valadares Filho diz que os aracajuanos já fizeram a sua opção e no dia 30 de outubro lhe elegerão prefeito.

 

Restou muito claro que a sociedade de Aracaju compreendeu nosso projeto e não aceitou a campanha da mentira e da difamação orquestrada por Edvaldo Nogueira e seu marketing”, falou. Ele ainda falou sobre medidas emergenciais que pretende adotar assim que assumir. Confira a entrevista, a seguir.

 

BLOG DO MAX- O que mudou neste segundo turno em relação ao primeiro?
Valadares Filho – Muita coisa. A mais importante dessas mudanças foi termos chegado encostadíssimos no candidato que dizia que venceria a eleição no primeiro turno. Restou muito claro que a sociedade de Aracaju compreendeu nosso projeto e não aceitou a campanha da mentira e da difamação orquestrada por Edvaldo Nogueira e seu marketing. Mas é claro que pesquisa não ganha eleição. Nosso espírito é de humildade, de muito trabalho e de pé no chão.



BM - O senhor acredita que o índice de abstenções deve continuar alto? A que atribuiu isso?
VF - A eleição de Aracaju registrou cerca de 18% de abstenções, com isso significando nada menos do que 71,6 mil votos. Eu diria que é um número alto, sim, e atribuo isso à perfeita sintonia com o momento de desilusão política em que vivem os brasileiros perante a classe política. Ao lado dos 54 mil (16%) que votaram nulo e dos 14 mil que votaram em branco (pouco mais de 4%), o universo da desilusão em 397 mil eleitores termina sendo preocupante. Eu espero que, por ser uma eleição polarizada, com apenas dois candidatos, no dia 30 deste mês, mais aracajuanos se dirijam às urnas e votem, atenuando esse índice de abstenção e exercendo o seu direito cívico do voto.



BM- O que o senhor propõe para conquistar os votos dos indecisos e dos que escolheram outros candidatos no primeiro turno?
VF - Desde a primeira hora da segunda-feira, dia 3, voltamos a campo e aprofundamos a explanação das nossas propostas. Daqui até o dia 30 continuaremos conversando com as pessoas, visitando as ruas, os bairros, e levando a nossa boa mensagem da renovação. Acho que com isso mudaremos mais ainda o quadro da indecisão.



BM- Por que o senhor é uma melhor opção do que Edvaldo Nogueira para comandar Aracaju?
VF - Quem está dizendo isso, e quem finalmente vai confirmar esta tese, não sou eu. São os aracajuanos, que nas pesquisas indicam a intenção de votar em mim e não no candidato Edvaldo Nogueira. Creio que o porquê disso venha das convicções que trazemos, das propostas que apresentamos e do programa real, pé no chão e sem fantasia que eu e o Pastor Antônio dos Santos simbolizamos. Quem vive a Aracaju de verdade sabe que a cidade que Edvaldo mostra na propaganda eleitoral é falsa. Uma cidade que nunca existiu. Por extensão, o aracajuano viu que o que ele promete também é fantasioso. Muito maquiado e midiático.


BM- Caso o senhor ganhe a eleição, como será o relacionamento com o governador Jackson Barreto, já que vocês romperam politicamente e durante sua campanha tem feito críticas a ele?
VF - Nós temos convicção de que vamos ganhar a eleição e de que o relacionamento com o governador Jackson Barreto a partir de janeiro haverá de ser o mais republicano possível. Na segunda-feira, 31 de outubro, eu e o pastor Antônio dos Santos amanheceremos fora de palanques. Sendo eleitos, começaremos ali a vida real. A transição. Nós seremos o prefeito e o vice de todos os aracajuanos. Assim como Jackson continuará a ser o governador de todos os sergipanos, incluindo aí, logicamente, os aracajuanos. Certamente ele não levará em conta, a partir de então, o que se passa hoje, apesar de pertencermos a grupos distintos.



BM- Continuam sendo enviadas por SMS mensagens com informações falsas. Essa semana circulou que Sukita seria secretário de Finanças caso seu oponente fosse eleito e Rogério Carvalho comandaria a Saúde. Seus assessores e correligionários distribuem na rede, entre outras coisas, áudios onde uma pessoa imita o governador Jackson Barreto. Quem está à frente do seu marketing? Parte de sua equipe essas coisas? Como o senhor avalia isso?
VF - Olha, o marketing político de nossa campanha é feito por um grupo de pessoas respeitáveis e que são muito cobradas por nós para que façam dentro de um rigor ético completo. Claro que num momento de eleição algumas ações escapam ao candidato e aos marqueteiros. Mas no campo institucional, na propaganda de TV e rádio, nossos opositores é que faltam com a verdade, às vezes atingindo a minha honra e a minha dignidade, como se os fins justificassem os meios. O episódio da cassação do deputado Eduardo Cunha foi um deles. Mistificaram a minha ausência no processo, estando eu devidamente coberto por uma licença do mandato até o dia 14 de novembro, mesmo sabendo que eu votaria pela cassação e que meu suplente, Bosco Costa, assim votou.



BM- O PSB tem projetos para 2018? O senhor poderia confirmar se o partido planeja ter candidato ao Senado e ao Governo nas próximas eleições? O PSB pode apoiar André Moura e Eduardo Amorim - que, segundo analistas, planejam candidaturas ao Governo e Senado?
VF - O PSB certamente terá projetos para 2018, mas só em 2018. Não é prudente abrir uma janela em pleno 2016 eleitoral para discutir o que vai acontecer dois anos à frente. O futuro não nos agonia.


BM- No segundo turno as discussões nos debates estão com um cunho mais pessoal, mais duro, com críticas mais fortes?
VF - Eu diria que isso obedece a uma lógica do afunilamento, que deixou apenas a mim e a um adversário no jogo. E veja que o tom da agressividade não é dado por mim. O meu foco continua sendo as propostas.



BM- Qual o papel do debate da TV Sergipe (aquele que repercutiu com uma participação ruim do seu adversário) no primeiro turno da eleição?
VF – Todo debate deixa resultados positivos ou negativos. No da TV Sergipe, ficou patente que o candidato Edvaldo Nogueira não é um político preparado para o contraditório. Ele é produto de uma lógica de marketing e quando tiram ele dessa estufa, se complica todo. Se atrapalha e não se sai bem.



BM- Quais serão suas primeiras medidas como prefeito de Aracaju? As realmente emergenciais e mais urgentes?
VF – Seguramente, botar a casa em dia, em ordem. Arrumar a vida destroçada dos servidores, rever o estágio das contas públicas e fazer os serviços públicos municipais andarem já a partir do dia dois de janeiro. Não tenho como errar. Estou sendo eleito para fazer bem-feito e diferente. Nosso discurso do novo e da mudança não cessa a partir da posse. Ele se materializará a partir dali, já com todo o conhecimento de causa que vamos adquirir, eu e o Pastor Antônio dos Santos, entre o 31 de outubro e 31 de dezembro, fase da transição e da montagem da nossa equipe.



BM- Os partidos que estão aderindo à sua candidatura terão participação em seu eventual governo?
VF - Eu disse durante toda a campanha que nosso quadro de gestores será eminentemente técnico. Cuidará da coisa pública quem estiver preparado para fazê-lo. Ninguém vai usar politicamente os espaços públicos para fazer política. Acabará, conosco, aquela história de que o camarada vai para a Secretaria de Saúde mais para ser deputado estadual ou federal do que para atender à real necessidade das pessoas. Devemos uma resposta ao público, às pessoas, e esta resposta será dada com clareza. Mas sou político, não criminalizo os partidos e nem meus aliados, e não vou vetar que da esfera deles venham indicações técnicas, talentosas e competentes.

 

 

 

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