Poder e Cotidiano em Sergipe
“A decisão de Cunha foi técnica”, diz André Moura 7 de Dezembro 5H:40

“A decisão de Cunha foi técnica”, diz André Moura

O presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB), acatou o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Roussef (PT).


Muita água ainda vai rolar, mas ao lado de Cunha, durante todo esse processo, está um dos seus mais fiéis escudeiros, o sergipano André Moura (PSC) – que vem sendo chamado nos corredores do planalto office boy do Cunha.


Nessa conversa com o BLOG DO MAX / JORNAL DA CIDADE ele fala um pouco sobre o suposto embasamento para o pedido de impeachment e sobre o contexto político que o envolve. Leia a seguir.


BLOG DO MAX - O pedido de impeachment foi uma retaliação?
André Moura – O assunto vem se arrastando desde o início do segundo semestre e as discussões têm fundamentação técnica, não obstante o processo de impeachment ser um ato político embasado em fatos políticos e jurídicos, neste caso, as pedaladas fiscais, os decretos com crédito suplementar sem autorização do Congresso, a corrupção e a incapacidade de solucionar a grave crise econômica que afeta a Nação. Resumindo: a decisão de acatar o pedido de afastamento da presidente foi de natureza técnica, e não uma retaliação política. A decisão de Cunha foi técnica.


BM-
O senhor acredita que no plenário o pedido de impeachment pode ser aprovado? O governo possui base para segurar isso?
AM - Chances há, no entanto, a decisão de afastar a presidente do cargo só poderá ser tomada após a finalização do trabalho da comissão especial criada para este fim e, após esse trâmite, precisa ter o apoio de 342 deputados para ter efeito. Depois de passar por votação em plenário, se vencer a proposta de abrir o processo de impeachment, o pedido irá ao Senado e a presidente Dilma será afastada do cargo até o julgamento.


BM - Quantos votos haveria hoje no Congresso a favor do impeachment?
AM - A insatisfação dentro do Congresso com o governo é grande. As pressões do Palácio do Planalto têm causado fortes constrangimentos até em aliados da presidente Dilma. Ela precisaria de 171 votos, número cabalístico até, para impedir o avanço do processo em plenário. Obviamente, não será uma tarefa fácil para a oposição. Tudo também depende muito da participação popular nas ruas, nos protestos.


BM- O impeachment conta com apoio da sociedade?
AM - Recentemente, uma pesquisa da CNT/MDA apontou para uma piora na imagem do governo e um aumento do número dos que são a favor do impeachment. Do total de entrevistados, 7,7% diziam que o governo era bom ou ótimo, uma tragédia em termos de imagem pública para qualquer governante. E quando foram perguntados sobre o impeachment, 62,8% disseram ser a favor. Com números assim, não há dúvida que a população apoiará o afastamento da presidente.


BM - O senhor participou dessa polêmica conversa com o ministro Jaques Wagner? O que foi conversado, quais propostas foram feitas?
AM - A conversa com o ministro Jaques Wagner foi sobre votações sobre pautas econômicos de interesse do país e temas relacionados ao Conselho de Ética. E nada mais.

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