De acordo com a PNAD Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, se todas as pessoas que têm algum tipo de rendimento no Brasil recebessem o mesmo valor mensal, ele seria de R$ 2.112.
Na prática, porém, não é o que acontece. A metade dos trabalhadores com menores rendimentos recebe, em média, R$ 754, enquanto o 1% com os maiores rendimentos ganha, em média, R$ 27.213, ou seja, 36,1 vezes mais.
A pesquisa mostra que a renda média do brasileiro apresentou recuo em 2017, em comparação com o ano anterior. A população perdeu cerca de R$ 12 no rendimento mensal real.
O valor médio, que antes era de R$ 2.124, passou a ser de R$ 2.112 por mês. A diferença representa uma queda de 0,56%.
Segundo o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, as regiões Norte e Nordeste do país ainda apresentam uma desigualdade maior do que outras regiões do Brasil, no que se refere aos rendimentos.
“O Brasil ainda é um país bastante desigual. Principalmente quando se faz a comparação internacional, mostrando que o Brasil está encabeçando a lista dos países que possuem uma desigualdade maior no mundo e tem uma desigualdade interna também bastante forte, principalmente quando você compara as cinco grandes regiões, mostrando que o Nordeste e o Norte são regiões que apresentam uma desigualdade maior quando comparado principalmente com a região Sul”.
Em 2017, do total de 207,1 milhões de pessoas residentes no Brasil, 124,6 milhões (60,2%) possuíam algum tipo de rendimento, seja proveniente de trabalho (41,9% das pessoas) ou de outras fontes (24,1% das pessoas), como aposentadoria, aluguel e programas de transferência de renda.
*Com informações da Agência do Rádio
Foto: EBC
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