Poder e Cotidiano em Sergipe
“Sou pré-candidatíssimo a Prefeito de Aracaju”, diz Dr. Emerson 4 de Julho 10H:41

“Sou pré-candidatíssimo a Prefeito de Aracaju”, diz Dr. Emerson

O vereador Emerson Ferreira é mesmo pré-candidato a Prefeito de Aracaju, pela Rede Sustentabilidade. Ele confirmou o fato nesta entrevista ao BLOG DO MAX/JORNAL DA CIDADE, onde avaliou que as eleições deste ano serão diferentes.

 

Em visita a órgãos responsáveis pela fiscalização do período eleitoral, o vereador defende a criação de uma força-tarefa para patrulhar as madrugadas de Aracaju, nos dias que antecedem a eleição, para que haja “um processo eleitoral justo e democrático”. Confira a conversa.

 

BLOG DO MAX - O senhor será mesmo candidato a prefeito pela Rede Sustentabilidade?
Emerson Ferreira – De um vez por todas, afirmo: estou pré-candidatíssimo a prefeito de Aracaju, desde o Congresso Estadual da Rede Sustentabilidade, realizado em novembro de 2015, quando fui indicado por unanimidade. Claro está, que do ponto de vista da legislação eleitoral, somente após a Convenção Eleitoral é que estarei candidato.

 

bm - Que partidos devem apoiar essa candidatura? O senhor está conversando e buscando o apoio de outras siglas?
EF - Estamos conversando, permanentemente, com o maior partido da nossa capital, com o partido que tem a soberania para decidir o processo eleitoral: com o povo. Estamos buscando uma coligação com o povo de Aracaju. Tenho sido procurado por diversos partidos. Converso com todos. Mas como pauta para essas conversas, estabeleço uma agenda programática e não pragmática, com fins eleitoreiros. E aqui faço uma observação que entendo pertinente. A lógica da “velha” política estabelece que para se ganhar eleição são necessários muito dinheiro e uma ampla coligação para garantir tempo de televisão e a eleição de uma bancada com a maioria dos vereadores, no caso de eleição municipal. Tenho muito claro, que são justamente esses vícios que produzem administrações que estão levando as cidades a uma condição caótica, a partir do financiamento ilegal de campanhas, do loteamento da gestão pública, da falta de transparência e da corrupção. Saliento que todos os governos quase sempre tiveram e têm maioria nas casas legislativas. Portanto, ter maioria na Câmara de Vereadores não é garantia de uma boa administração. Precisamos respeitar a autonomia das casas legislativas e aos vereadores, todavia destacamos a autonomia constitucional que tem o administrador municipal.

 

BM - O senhor está buscando o apoio dos partidos que tradicionalmente formam a frente de esquerda, como o Psol, PSTU e PCB?
EF - Não fui procurado por nenhum desses partidos.

 

BM - Quanto tempo de televisão a Rede terá, para a disputa pela Prefeitura? Será suficiente para apresentar suas propostas?
EF - Nenhum partido sabe quanto tempo terá no horário eleitoral. Só após as convenções partidárias é que saberemos. E o tempo que tivermos deveremos usá-lo com criatividade. O povo de Aracaju pode ter certeza de que não abriremos caixa de promessas, porque não podemos abrir mão de princípios para ganhar uma eleição. Estamos estabelecendo o diálogo maior através do contato direto com as comunidades. De que adianta ter muito tempo de televisão e não ter o que dizer ou tentar enganar a população?

 

BM - A Rede tem hoje quantos filiados em Aracaju e Sergipe? Pretende eleger quantos prefeitos/vereadores em Sergipe?
EF - A Rede Sustentabilidade, que foi criada em setembro do ano passado, tem cerca de quinhentos filiados em nosso Estado, dos quais, cerca de cem aqui em nossa capital. Teremos candidatos a prefeito em dez municípios, a vice-prefeito em dois e a vereadores em aproximadamente vinte.

 

BM - Qual será o diferencial da sua campanha?
EF - Nós seremos o diferencial, pelo “novo” que somos. E qual a novidade? Práticas e ações avalizadas por uma trajetória política e por um partido que não atuem no cenário de envolvimento com financiamento ilegal de campanhas eleitorais, com a distribuição de cargos públicos, com a falta de transparência e com a corrupção.

 

BM - Quais são as principais propostas que o senhor apresentará à sociedade aracajuana?
EF - Estamos elaborando um Programa de Governo Colaborativo ouvindo as demandas e soluções apresentadas pelas pessoas presentes aos nossos Encontros Temáticos e às Caravanas da Juventude em Rede, sejam moradores e moradoras dos bairros, sejam pessoas com expertise nos temas discutidos. Esses encontros permitem a discussão dos temas Educação, Saúde, Mobilidade e Acessibilidade, Urbanismo, Emprego e Renda. A população espera o efetivo compromisso dos gestores, com o enfrentamento dos problemas sociais e urbanos.

 

BM - Na Câmara, o senhor apoiou Edvaldo Nogueira, que agora é pré-candidato a prefeito, novamente. Existe possibilidade de aliança com Edvaldo? Por que?
EF - Fui vereador da bancada de apoio e hoje sou da oposição, mas sempre defendi as mesmas propostas e princípios. Quando era situação, votei várias vezes contrário a projetos enviados pelo executivo e algumas vezes a favor de projetos de autoria dos vereadores da oposição. A minha atuação na política nunca foi em função de ser situação ou oposição, mas estabelecendo compromissos com projetos que beneficiem a sociedade. Também, mesmo quando fui da bancada de apoio ao prefeito, jamais fiz indicação de pessoas para a ocupação de cargos, sejam meus familiares ou não, de modo a exercer o mandato com a independência que julgo ser necessária. Quanto às alianças políticas, entendo que eleições em dois turnos permitem que nos apresentemos aos eleitores, com nossas propostas e históricos. Quando a eleição não é decidida no primeiro turno, teremos um segundo turno com alianças estabelecidas ou não, em função do conteúdo programático. Nós que fazemos a Rede Sustentabilidade acreditamos na soberania e na sabedoria do povo aracajuano, que construirá a nossa vitória já no primeiro turno ou, caso aconteça, no segundo turno.

 

BM - De acordo com novas regras, as empresas não podem doar recursos para as campanhas eleitorais. O senhor acredita que isso será respeitado em Aracaju? O senhor pretende fiscalizar isso?
EF - Muito embora estejamos longe da Reforma Política que esse país necessita, através de algumas ações populares, temos conseguido alguns avanços. Em outubro teremos as primeiras eleições com a proibição do financiamento por empresas e com maior controle sobre os gastos de campanha. Como não acreditamos que a “velha” política respeite as regras eleitorais, já estamos agindo. Solicitamos e fomos recebidos em audiências por gestores responsáveis por diversos órgãos que têm como atribuição o combate à corrupção eleitoral, no sentido de que estabeleçamos uma força-tarefa para agir durante as madrugadas dos dias que antecedem as eleições, além das diversas atividades realizadas por esses órgãos durante o período eleitoral. Esperamos que essas ações resultem em um processo eleitoral justo e democrático.

 

BM - Com todos os escândalos na política nacional, o senhor acha que essa campanha será diferente? Ou não, candidatos irão continuar utilizando estruturas caras, com cabos eleitorais e cooptando lideranças locais?
EF - Sim, será diferente. Diante de tudo que tem acontecido, o povo tornará as eleições de outubro diferentes. E essa mudança não será mais intensa por que não realizamos em nosso país uma Reforma Política Democrática, que democratize os partidos, de modo que não tenham donos. Este controle partidário pelos donos faz com que os partidos retirem da população, a opção da mudança, uma vez que são sempre os mesmos candidatos que se alternam em sucessivas eleições.

 

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