Jackson e prefeitos discutem funcionamento da maternidade de Capela

O governador Jackson Barreto reuniu o secretário de Estado da Saúde (SES), Almeida Lima, representantes da SES, prefeitos e secretários municipais de Saúde dos municípios do Leste sergipano para discutir o funcionamento da Maternidade Leonor Barreto Franco, localizada em Capela. A reunião foi realizada nesta quarta-feira, 21, no Palácio dos Despachos.

De acordo com dados apresentados pela SES, a maternidade sofre com o déficit de médicos especialistas em Ginecologia e Obstetrícia para compor o quadro profissional, o que resulta em baixa produtividade e alto custo para o Estado.

Jackson sugeriu que os prefeitos ajudem o Estado na busca por profissionais para trabalhar na unidade. Ficou estabelecido que os prefeitos poderão buscar médicos especialistas que concordem, dentro das possibilidades legais, com a ampliação da carga horária contratada ou novos profissionais para suprir o quadro.

“É uma questão que envolve vários municípios e, democraticamente, convocamos todos os prefeitos e secretários de saúde municipais para discutir uma solução que atenda aos interesses de todos, principalmente da população que precisa dos serviços da maternidade. Os prefeitos tentarão conseguir os médicos para cobrir a escala. A unidade precisa de profissionais para o funcionamento. Precisamos otimizar os recursos. Todos sabem das dificuldades para obtermos recursos. É preciso que os investimentos estejam alinhados às demandas da população. Temos que agir com o coração e sentimento, mas com compromisso e entender que os recursos públicos têm que ser otimizados, se em uma unidade conseguimos atender a 100 pessoas a partir do investimento de R$ 1 milhão ao mês, por exemplo, não podemos deixar que em outra, para o mesmo serviço, só consigamos atender a 50 com o mesmo volume de recursos”, afirmou o governador.

O secretário Almeida Lima explicou que a intenção não é fechar unidades e sim ampliar o número de atendimentos em todo o estado. “Pela necessidade, que temos constada, da deficiência de leitos para maternidade em Sergipe, estamos ampliando as vagas em Aracaju e vamos ampliar em Socorro e Glória. O nosso desejo é a ampliação, não a diminuição, mas para tanto precisamos de médicos. O Estado busca alternativas para ampliar o serviço em várias regiões. Ficou constatado, exatamente, que o problema é a falta de profissionais médicos para Capela. Se conseguirmos os profissionais, sobretudo o médico obstetra, resolveremos isso. Apresentamos a sugestão, no sentido de que cada município, Prefeitura, fizesse a indicação de dois médicos obstetra à SES, para que possamos contratá-los imediatamente e estará resolvida a questão, pois não estamos encontrando médicos para contratar. O esforço existe, tanto que na semana passada, como afirmou a diretora da própria maternidade de Capela, assinei dois novos contratos para médicos obstetras, ou seja, não somos contra o funcionamento da maternidade. Queremos ampliar os serviços, estamos ampliando, onde há condições de ampliar, para tanto, em Capela basta médico. O alto custo que há na unidade decorre da baixa produção e a baixa produção decorre da falta de médico. Se conseguimos suprir o número de médicos, aumentaremos os atendimentos e o custos por parto diminuirá”.

Para a prefeita de Capela, Silvany Sukita, a maternidade sediada no município é regional e, por isso, a necessidade de todos os prefeitos colaborarem para sua manutenção. “A unidade atende a nove municípios. Começamos a solucionar esse problema da maternidade de Capela. Era isso que faltava, essa aliança para resolvermos essa questão, para que tanto a SES quanto os municípios possam, juntos, ajudar o governo do Estado. O governador sempre se mostrou muito sensível a essa questão, e o intuito dele nunca foi de fechar a maternidade, mas de fazer com que ela se tornasse um centro de referência. Agora temos que continuar trabalhando para que possamos oferecer eficiência e qualidade nos serviços a todas as parturientes da nossa região do Leste sergipano”.

A prefeita destacou que o diálogo com todos os gestores e representantes dos municípios envolvidos é fundamental para se chegar a uma solução adequada. “Nós vamos, junto com a SES, procurar os profissionais que possam dar os plantões, oferecer os serviços e, a partir daí, promover um diálogo maior para definir como ficaria a carga horária de cada profissional, isso porque atualmente eles entram em um sistema do Ministério da Saúde (MS) que não permite ultrapassar 60 horas de trabalho. Então, precisamos ter essa preocupação com esses profissionais. Sabemos que um médico tem uma sobrecarga de trabalho, e quando ele é colocado no sistema do MS, ele acaba ultrapassando o limite de horas, o que acaba prejudicando tanto o contratante (Prefeitura, SES), como também o próprio profissional. Então saímos daqui todos imbuídos de procurar médicos que possam nos ajudar a compor o quadro de profissionais da maternidade de Capela”, informou Silvany Sukita.

Presenças

Participaram da reunião, o vice-governador e secretário de Estado da Casa Civil, Belivaldo Chagas, a prefeita de Japaratuba, Lara Moura; os prefeitos de Siriri, José Rosa Oliveira, General Maynard, Valmir de Jesus Santos, São Cristóvão, Marcos Santana, Muribeca, Fernando Franco, Nossa Senhora das Dores, Thiago Souza, Rosário do Catete, Etelvino Barreto e Cumbe, Marcelo Moraes; os vice-prefeitos de Nossa Senhora do Socorro, Betinho e de Pirambu, Guilherme Jullius; os deputados estaduais Moritos Matos e Samuel Barreto; o ex-prefeito de Capela, Manoel Messias Sukita; secretários municipais de Saúde dos municípios da região; o secretário executivo de Estado da Saúde e superintendente do Hospital de Urgência de Saúde (Huse), Luís Eduardo Prado Correia; a diretora de Gestão da SES, Márcia Guimarães e gestores da maternidade de Capela.

ASN