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Ipsos: governo Temer tem 64% de desaprovação em agosto 29 de Agosto 11H:14

Ipsos: governo Temer tem 64% de desaprovação em agosto

A avaliação do presidente interino Michel Temer em temas centrais, como reforma da previdência, reforma política e gestão da inflação, registrou nova deterioração em agosto, mostra pesquisa Ipsos. A maior piora foi registrada na reforma das regras da aposentadoria, que registrou 64% de desaprovação em agosto, alta de 10 pontos percentuais ante julho.

 

Os dados fazem parte do estudo Pulso Brasil, realizado pela Ipsos entre 30 de julho e 9 de agosto, com 1.200 entrevistas presenciais em 72 cidades brasileiras. O levantamento, que examinou a aprovação e desaprovação do presidente interino em dez temas, revela que a avaliação negativa subiu em todos os itens analisados em agosto ante julho, enquanto os índices de desconhecimento do presidente interino recuou em todos os pontos analisados.

 


Apesar da alta no índice negativo, a desaprovação de Temer no mês ficou estável, em 68%. Já a aprovação registrou leve melhora de dois pontos percentuais e ficou em 21%. O índice dos que não conhecem o presidente interino o suficiente para responder recuou de 13% para 11%. A margem de erro é de três pontos percentuais.

 

“O barômetro político do presidente interino Michel Temer mostra que sua imagem está consolidada em patamares bastante negativos, como a de toda classe política de maneira geral. Os crescentes índices de desaprovação quanto à sua atuação frente aos principais temas da agenda do país, como combate à inflação ou reforma da previdência, são nada mais do que uma demonstração de insatisfação geral quanto ao seu trabalho até aqui. Temer nunca ocupara um cargo no Executivo e, baseado nesses três meses de gestão interina, os dados mostram que sua atuação ainda não foi aprovada pela população”, avalia Danilo Cersosimo, diretor da Ipsos Public Affairs no Brasil.


As avaliações do governo federal tiveram variações dentro da margem: 49% disseram em agosto achar a administração federal ruim ou péssima ante 48% em julho; 31% classificaram como regular ante 29% no mês anterior; e 8% afirmaram achar a administração ótima ou boa, ante 7% em julho. Já percentual dos que não sabem ou não responderam recuou, de 16% para 12%.

 

Rumo do país

O índice que monitora o rumo do país registrou leve melhora em agosto no comparado com os meses anteriores. O percentual dos que julgam que o país está no rumo certo teve leve alta e subiu de 11% para 13%. Esse é o melhor índice desde junho de 2015. Já o índice dos que acreditam que o país está no rumo errado recuou de 89% para 87%. Apesar de alto, é o menor índice em dez meses. A variação está dentro da margem, mas pode indicar tímida mudança na percepção sobre os rumos do país, afirma Cersosimo.

 

“Em abril, o rumo do país era considerado certo para apenas 7% da população, enquanto em agosto esse índice é 13%. Ainda é extremamente negativo, mas está em viés de alta nos últimos meses e isso se explica muito mais pelo rompimento com o cenário de instabilidade pré-impeachment, do que pela aprovação da atuação da gestão interina do presidente Michel Temer, conforme indicam os dados do Pulso Brasil”, diz Cersosimo.

 

Confiança do consumidor

O Índice Nacional de Confiança (INC), medido pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e pela Ipsos, mostrou em agosto leve melhora na expectativa para os próximos seis meses. O índice dos que acreditam que a sua situação financeira estará melhor variou de 28% para 30% e o dos que acreditam numa piora caiu de 31% para 27%. Apesar da tímida melhora, o INC se manteve inalterado em agosto, em 68 pontos, o mesmo resultado do mês anterior.

 

 

Ipsos

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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