Poder e Cotidiano em Sergipe
Crianças e jovens até 19 anos representam menos de 9% dos óbitos por covid em Sergipe 14 de Dezembro 12H:55
COTIDIANO | Por Max Augusto

Crianças e jovens até 19 anos representam menos de 9% dos óbitos por covid em Sergipe

Entre as vítimas fatais da covid-19 em Sergipe, menos de 9% eram crianças, adolescentes ou jovens até 19 anos. O número consta no boletim divulgado ontem pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).

Ou seja, entre as 2.365 mortes por covid-19 em Sergipe, 40 (8,9%) foram de pessoas com até 19 anos.

Ao todo foram diagnosticados no estado 111 casos (0,1% do total) e 18 óbitos (0,8%) de crianças com menos de um ano de idade.

Já na faixa etária de 1 a 4 anos foram registrados 1.310 casos (1,4%) e 3 óbitos (0,1%). Entre crianças de adolescentes de 5 a 14 anos já são 3.130 casos (3,2%) e 11 mortes (0,5%).

Por fim, 4.054 pacientes diagnosticados com a doença tinham de 15 a 19 anos, o que representa 4,2% do total de casos. Neste segmento populacional foram confirmados até ontem 8 óbitos (0,3%).

Confira na tabela abaixo o número de casos de covid-19 e óbitos gerados pelo novo coronavírus, de acordo com as faixas etárias (e porcentagem em relação ao total de casos).

Balanço
Em Sergipe, 99.151 pessoas já testaram positivo para a Covid-19 e 2.365 morreram. Até o momento, 87.498 pacientes foram curados.

Foram realizados 224.740 exames e 125.589 foram negativados. Estão internados 262 pacientes, sendo 129 em leitos de UTI (90 na rede pública, sendo 83 adultas e 7 pediátricas; e 39 na rede privada, sendo 34 adultas e 5 pediátricas) e 133 em leitos clínicos (86 na rede pública 47 na rede privada). São investigados mais cinco óbitos. Ainda aguardam resultado 5.089 exames coletados.

Saúde faz alerta a jovens: 140 mortes por Covid em jovens na faixa dos 20 a 39 anos
A falsa sensação de que a pandemia do novo coronavírus passou tem levado as pessoas a relaxarem nas medidas de prevenção e assim participarem mais de atividades sociais e a circularem com maior frequência em ambientes diversos, principalmente os mais jovens. Por não se enquadrarem nos grupos de risco, entendem, equivocamente, que estão imunes aos perigos de um adoecimento grave ou até mesmo de ir a óbito. Os números mostram que o risco existe: dos 2.365 óbitos registrados por Covid-19 em Sergipe, 141 ocorreram em jovens da faixa etária dos 20 a 39 anos.

O cenário é ainda mais preocupante quando se amplia a faixa etária. Dos 15 aos 49 anos, o número de óbitos em jovens chega a 329. “Precisamos entender que mesmo o jovem tendo menor risco de complicação, ele existe e é uma roleta russa porque não se sabe qual é o jovem que vai morrer ou qual terá a infecção de forma grave ou leve. As mortes por Covid-19 não são exclusivas para pessoas com idade acima de 60”, alertou o diretor de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, infectologista Marco Aurélio Góes.

Marco Aurélio salienta que talvez seja este momento pior do que no início da pandemia, um período mais crítico que exigiu medidas bastante restritivas, enquanto agora há um quadro de intensa transmissão, mas onde não cabem mais medidas tão restritivas. Atenta o diretor que isso tem levado ao jovem principalmente, uma mensagem de que as coisas estão permitidas, que não há nenhuma restrição. Para ele, esse entendimento é equivocado e perigoso, especialmente quando se considera que é na faixa etária dos 15 aos 49 onde se concentra maior volume de casos confirmados: 67.265 ou 67,9% de um total de 99.151 ocorrências.

“São pessoas que mesmo assintomáticas estão circulando, estão transmitindo, seja nas festas, bares, encontros sociais ou na desobediência do uso das máscaras em lugares públicos e fechados”, sinalizou Marco Aurélio, lembrando que o jovem além de poder ter a doença sintomática e complicações, tem o papel de ser um disseminador do vírus por circular em vários ambientes, levando-o para casa, para amigos e parentes, ou pessoas esporádicas que encontre. 

“Há quem possa pensar que por morar sozinho não trago risco para ninguém. Só que ele encontra com pessoas nos ambientes diversos. E aí ele pode levar o vírus para aquela pessoa que poderá ter a forma mais grave da infecção”, reforçou o infectologista, destacando que a desobediência às medidas preventivas resulta em maior pressão sobre a rede hospitalar público e privada, que já registram aumento nas taxas de ocupação.

Atualmente, Sergipe tem 9.026 pessoas com Covid-19 em isolamento domiciliar e 262 pacientes internados, sendo 176 na rede pública e 86 na rede privada. A taxa de ocupação das Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) é  de 60,3% no serviço público e 68,8% no serviço privado, conforme dados do Boletim Covid-19 do último domingo, 13 de dezembro.

 

Com informações da Ascom/SES

FOTO: Fernando Frazão/Agência Brasil

 

 

Comentários

  • Mariana Jost 06/01/2021 às 14:10

    Oi Max! Você teria a informação se essas crianças e adolescentes que vieram já óbito já possuíam alguma doença pre-existente ou eram saudáveis? Não acho essa informação... vi apenas que uma que veio a falecer hoje tinha uma doença crônica.

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