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Pretos têm rendimento 30% menor que os brancos em Sergipe 8 de Maio 7H:05
COTIDIANO

Pretos têm rendimento 30% menor que os brancos em Sergipe

Estudo também aponta que mulheres recebem menos que os homens no Estado

O preto tem rendimento 30% menor que o branco em Sergipe. É o que mostra um estudo divulgado pelo Observatório de Sergipe com base nos dados sobre o rendimento da população brasileira em 2017, apurados por meio da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE.

Segundo a diretora de Pesquisa, Estudos e Análises da Superintendência de Estudos e Pesquisas da Seplag (SUPES), Michele Dória, o sergipano branco recebeu, em média, R$ 2.024,00 em 2017, o correspondente a cerca de R$ 600,00 a mais que a média entre os pretos (R$ 1.404,00).

“Os pardos tiveram rendimento médio de R$ 1.428,00. A diferença remuneratória entre brancos e pretos é de pouco mais de 30% em Sergipe em 2017. Em comparação ao ano anterior, a discrepância caiu 10 pontos percentuais”, afirma.

Ressalta que a pesquisa mostra que em uma população de quase 2,3 milhões, 1,3 milhão de sergipanos possuem algum tipo de renda.

“A maior parte (815 mil) recebe dinheiro pelo seu trabalho, mas há também 604 mil que têm outras fontes de renda, oriundas principalmente de aposentadorias, pensões”, explica.

Queda de R$ 94,00 entre 2016 e 2017
De acordo com Michele, a pesquisa também mostra que o estado de Sergipe teve em 2017 rendimento médio mensal real (todas as fontes) de R$ 1.481,00, pouco menos que os R$ 1.575,00 do ano anterior.

“A média sergipana é menor que a brasileira (R$ 2.112) e ligeiramente superior à apurada para a Região Nordeste (R$ 1.429)”, declara.

Mulheres ganham menos
A pesquisa revela que os homens sergipanos recebem, em média, 11,5% a mais que as mulheres, diferença menor do que a verificada para o Brasil (22,5%) e para a Região Nordeste (15,5%).

Elas tiveram rendimento médio de R$ 1.445,00 em 2017, enquanto eles, R$ 1.632,00. Em Sergipe, no ano de 2016, a diferença remuneratória entre os sexos era 16,3% a favor dos homens, quase cinco pontos percentuais a menos do que o verificado em 2017, o que evidencia uma redução da desigualdade salarial de gênero no estado”, explica.

Outro ponto a ser observado é que quem não foi para a escola recebe em média menos de um salário mínimo ao mês, cerca de R$ 581,00 em 2017 (a média do brasileiro foi de R$ 842,00).

“Os sergipanos que concluíram o ensino fundamental receberam em média R$ 1.134,00, enquanto os que possuem ensino médio completo auferiram R$ 1.526,00 ao mês. O grande salto no rendimento está entre os que concluíram o curso universitário, eles ganhavam, na média, quase R$ 4 mil ao mês em 2017”, frisa.

*Com informações da Seplag

Foto: Divulgação/Movimento Nego Brasileiro

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