Poder e Cotidiano em Sergipe
Na Alese, mulheres ocuparão só 20% das cadeiras; senadora faz alerta 19 de Outubro 14H:14
PODER

Na Alese, mulheres ocuparão só 20% das cadeiras; senadora faz alerta

Maria do Carmo Alves diz que número acompanha tendência nacional, e ressalta prejuízos de baixa representatividade

A próxima legislatura da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), que se inicia em 2023 e vai até 2026, terá apenas 20% das cadeiras ocupadas por deputadas estaduais mulheres. A partir do ano que vem, serão cinco mulheres representando a população do Estado em um universo de 24 legisladores, uma a menos em relação ao quadro da legislatura vigente. Para a senadora por Sergipe Maria do Carmo Alves (PP), a diminuição significa um retrocesso na participação feminina na política sergipana, afirmando que as sergipanas merecem mais representatividade na Casa.

A parlamentar lamentou o cenário, e disse que a falta de igualdade de gênero em um espaço de poder e decisão causa prejuízos ao povo sergipano. “É uma realidade triste, mas que acompanha o que se vê em todo o Brasil. Segundo um levantamento da organização Gênero e Número, mulheres serão apenas 18% nas assembleias estaduais a partir de 2023. Quando parcela considerável da população não está bem representada no legislativo, o atendimento a suas necessidades e demandas são prejudicadas, além de não enxergar a si mesmo onde isso deveria ocorrer”, salientou Maria, lembrando que as mulheres são a maioria da população brasileira e em Sergipe, além de comporem a maior parte do eleitorado do País.

A senadora ressaltou, ainda, que, conforme dados nacionais da Gênero e Número, foram 9,6 mil candidaturas femininas para deputada estadual em 2022, e 187 eleitas – o que representa cerca de 2% do total. Foram 19 mil homens candidatos, dos quais 868 se elegeram, isto é, 4,5% do total. “Nós temos a lei de cotas, que exige um mínimo de 30% de candidaturas femininas, mas, em Sergipe e no Brasil, ainda estamos longe de atingir esse número. A desigualdade de gênero na política vai contra os princípios democráticos, e revela a urgência de ações e medidas para diminuí-la”, frisou.

MULHERES NEGRAS

De acordo com o levantamento, as mulheres não brancas foram as menos eleitas para as Assembleias Legislativas. As mulheres negras corresponderam a 7% do total geral de eleitos para cadeiras nas Casas dos Estados, ante a 10% entre as brancas, embora tenham registrado mais candidaturas (17% contra 15%). Apenas uma mulher indígena e uma mulher amarela foram eleitas como parlamentares estaduais neste ano. “A desigualdade de raça também se manifesta na desigualdade de gênero, infelizmente. Lembremos: as mulheres negras representam 23% da população, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas seguem com baixa representatividade na política”, apontou Maria do Carmo Alves.

 

Comentários

  • Seja o(a) primeiro(a) a comentar!

Deixe seu comentário

Imagem de Segurança
* CAMPOS OBRIGATÓRIOS
Whatsapp

Receba notícias no seu Whatsapp.

Cadastre seu número agora mesmo!

Houve um erro ao enviar. Tente novamente mais tarde.
Seu número foi cadastrado com sucesso! Em breve você receberá nossas notícias.