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Faixa etária para receber vacina contra o HPV é ampliada para nove anos 27 de Fevereiro 13H:47

Faixa etária para receber vacina contra o HPV é ampliada para nove anos

A partir do dia 9 de março, a faixa etária para vacinação contra o Papilomavírus humano (HPV), principal causador do câncer do colo de útero, será ampliada em todo país. A vacina que era voltada para meninas com idade de 11 a 13 anos passa a ser destinada para aquelas que têm de 9 a 11 anos.
 

A vacina contra o HPV faz parte da rotina de imunização e está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde dos 75 municípios sergipanos. Ela pode também ser disponibilizada nas escolas, mas para ser administrada depende da autorização dos pais.
 
“Todas as meninas devem receber três doses. A segunda deve ser aplicada após seis meses da primeira e a terceira após cinco anos da primeira. Se a menina não tomar as três doses seguindo o esquema vacinal corretamente, a vacina não surtirá o efeito esperado. O Cartão de Vacinação não pode ser esquecido, independente do local onde será vacinada. As meninas maiores de 11 anos que tomaram a dose o ano passado devem continuar seguindo o esquema vacinal normalmente”, disse Sândala Oliveira, gerente do programa Estadual de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
 

De acordo com a técnica da SES, a vacina ainda está disponível para a faixa etária de mulheres com idade de 9 a 26 anos que são portadoras do HIV. “As meninas e as mulheres nessa faixa etária devem procurar o Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), localizado no Hospital de Urgências de Sergipe, em Aracaju, para receberem a dose. As meninas que não possuem o HIV não podem receber a dose no CRIE, assim como as mulheres que não possuem HIV não podem receber a vacina nos postos de saúde”, explicou Sândala Oliveira.
 

Sândala Oliveira ainda garante que a vacina protege contra os principais tipos do HPV e não possui efeitos contrários àqueles esperados quando o esquema vacinal é seguido corretamente.
 

“A vacina é completamente segura. Ela é aplicada em diversos países do mundo e nunca foi comprovado cientificamente nenhum efeito adverso causado pela vacina. O ideal é que a vacina ocorra em meninas que ainda não iniciaram a vida sexual. Estimativas apontam que, no mundo, há mais de 500 mil novos casos e 265 mil mortes em consequência do câncer do colo do útero ao ano e 88% desses óbitos são nos países em desenvolvimento. No Brasil, o câncer do colo do útero é o terceiro tipo que mais acomete as mulheres e, por ano, são 5.264 vítimas fatais. É devido a esses números que fazemos o alerta aos pais e responsáveis para que levem suas filhas para que sejam vacinadas”, disse a gerente do programa Estadual de Imunização.
 

Mesmo recebendo a vacina contra o HPV de acordo com o esquema vacinal, a camisinha ainda é imprescindível em todas as relações sexuais. “A vacina não protege contra todos os subtipos da doença e, além disso, a pessoa não está livre das outras DST/AIDS. As meninas e mulheres com HIV ainda são mais suscetíveis ao HPV. O diálogo sobre o uso da camisinha com as adolescentes, inclusive para evitar a gravidez não planejada, deve ser uma causa abraçada por todos: escola, profissionais da Atenção Básica e, principalmente, os pais e responsáveis”, orientou Almir Santana, gerente do programa Estadual de DST/AIDS.
 

“Em Sergipe são 259 mulheres com idade de 9 a 26 que tem HIV. O câncer do colo de útero  associado ao HPV pode ser uma manifestação clínica da AIDS. É importante que o médico que acompanha uma mulher com a doença solicite o exame de HIV”, destacou o gerente do programa Estadual de DST/AIDS.
 

Vacinação em números
A Secretaria de Estado da Saúde dá apoio técnico aos municípios e faz a distribuição das doses da vacina para que eles possam fazer as campanhas, definindo as estratégias mais adequadas para conseguir alcançar o público alvo.
 

Os dados do Ministério da Saúde apontam que em Sergipe e no restante do país o esquema vacinal não está sendo seguido corretamente. “No Estado, 100% das meninas sergipanas já receberam a primeira dose. Foram imunizadas 61.483 meninas. Receberam a segunda dose, até o momento, somente 33.080 meninas, o que representa 55,10% de cobertura vacinal”, contabilizou Sândala Oliveira.

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