Depois das chuvas, atenção aos focos de Aedes aegypti!

80% dos focos do mosquito estão dentro das residências

O período de chuvas gera um acúmulo de água em locais que podem se tornar focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor doenças como dengue, chikungunya e zika.

Na capital, a prefeitura informa que tem aumentado as ações de combate ao mosquito – mas a Secretaria de Saúde alerta aos cidadãos sobre a importância da participação de todos para evitar os focos.

Jeferson Santana, que comanda o Programa Municipal de Combate ao Aedes Aegypti (Pmca), destaca que um dos problemas é a rápida proliferação do mosquito.

“Quando a chuva cai, é muito comum vermos recipientes acumulando a água dessa chuva e isso é muito perigoso. Como nós não temos um tempo de fato frio, muitas das vezes a chuva passa e, quase imediatamente, vêm o sol e o calor. Essa mistura de chuva e calor é propícia ao surgimento de mais mosquitos”, explicou.

Ele ainda lembrou que quando as pessoas deixam recipientes sem os devidos cuidados, os mosquitos depositam os ovos, os quais entram em contato com a água e proliferam. “Quando o tempo está mais frio, a larva se transforma em mosquito adulto entre 15 e 20 dias, mas, quando está mais quente, em sete dias já temos um mosquito adulto”, explicou.

O gerente do programa de combate ao mosquito ainda ressaltou que cerca de 80% dos focos do mosquito estão dentro das residências. “Então a população precisa ter consciência do seu papel”, continuou.

Segundo ele, a Prefeitura tem intensificado o trabalho dos agentes de endemias, inclusive realizando mutirões. Também tem investido na limpeza de locais – mas isso não adianta nada se a limpeza for feita e os cidadãos continuarem descartando lixo incorretamente ou não atentarem para o acúmulo de água em recipientes.

O gerente ainda frisou os maiores cuidados que a população deve ter neste momento: “Não deixar água parada, verificar seus quintais, eliminar qualquer deposito de água limpa. A gente pede ao morador que, semanalmente, vá nos quintais, verifique como está a situação, e não deixe nada com água parada”, salientou.

Para que a população tenha consciência do tamanho do problema, vale lembrar que já foi confirmada a presença do vírus Tipo 2 da dengue – uma variedade mais agressiva. Além disso, em 2019 foi registrado aumento dos casos de dengue em Aracaju, assim como em todo o estado – e já foram registradas oito mortes pela doença em Sergipe.

Com informações da Agência Aracaju de Notícias