Nesta entrevista ao BLOG DO MAX/JORNAL DA CIDADE o senador Eduardo Amorim (PSC) não confirma sua pré-candidatura à Prefeitura de Aracaju – mas diz que seu nome está à disposição e que seu grupo não possui um “Plano B”, apenas o “Plano A”, de apresentar candidatura. Ele afirma que sua base marchará com nove a doze partidos e terá mais de 120 candidatos a vereador.
Ele ainda criticou o prefeito João Alves (DEM), avaliando que ele não conseguirá cumprir suas principais promessas até o fim do ano. Confira a conversa.
BLOG DO MAX - O senhor já decidiu se irá disputar a Prefeitura de Aracaju? Quando haverá essa definição?
Eduardo Amorim – Já coloquei o meu nome à disposição e, com toda certeza, em meados de junho, já estaremos com tudo definido.
BM- O que falta para que essa definição seja tomada? O que está sendo analisado?
EA - Apenas alguns diálogos. Buscamos diagnósticos diretamente com o povo nas comunidades. Esse diagnóstico, que já está bem avançado, apresentarei ao partido em breve.
BM - O senhor tem mantido conversas com outros partidos, sobre a eleição de Aracaju? Quais partidos?
EA - Sim, com vários. Mas o diálogo está e estará sempre aberto, já que esse formato faz parte da nossa história política.
BM - E com os pré-candidatos Valadares Filho, Edvaldo Nogueira e João Alves Filho, o senhor tem discutido política e eleição com eles? Existe a possibilidade de o senhor apoiar um desses nomes?
EA - Tenho uma relação de respeito; já sobre a possibilidade de apoiar um desses nomes, reafirmo que só temos o ‘plano A’, que é o da candidatura própria, não temos pretensão alguma com o ‘plano B’.
BM -O senhor vem fazendo críticas à gestão do prefeito João Alves Filho. O senhor descarta por completo a possibilidade de apoiá-lo, na eleição deste ano?
EA - São críticas construtivas, que fiz pessoalmente em nossas idas aos ministérios. Dei sugestões com intuito de beneficiar, cuidar da nossa Capital. Sobre o apoio, eu insisto em dizer, só temos o ‘plano A’, que é o da candidatura própria.
BM - Quem é o grupo de Eduardo Amorim hoje em Aracaju? Quais são os partidos, vereadores e lideranças que hoje compõem o seu grupo? Eles estariam ao seu lado numa possível candidatura em Aracaju?
EA – Na nossa caminhada, com certeza teremos de 9 a 12 partidos. Temos amigos, parceiros e vários partidos que sempre estiveram do nosso lado, e outros que estão chegando, além do grande apoio que estamos recebendo de lideranças e formadoras de opinião advindas de diversos bairros e entidades da nossa Capital, que já estão cansados da mesmice, da falta de gestão, da ausência de uma administração mais próxima, de uma gestão que cuide de Aracaju e dos aracajuanos. Sem dúvida são essas pessoas, lideranças, que estimulam uma possível candidatura própria. Sobre os vereadores, posso adiantar que vamos lançar até 120 nomes para a Câmara de Vereadores de Aracaju.
BM - Como o senhor tem avaliado a gestão de João Alves Filho? Quais são os principais problemas?
EA - Quem votou em dr. João Alves acreditou que ele faria a mesma gestão do seu primeiro mandato enquanto prefeito de Aracaju, na década de 70. Imaginávamos que ele seria o mesmo visionário, o prefeito inovador, quando criou novas avenidas, viadutos, hospitais. Infelizmente, não foi isso que aconteceu. A primeira gestão não se repetiu. Não foi resolvida a saúde, a mobilidade urbana, além da tributação. Enquanto isso, o povo paga uma conta altíssima, a exemplo do IPTU. O básico também não conseguiu seu êxito, podemos ressaltar os vários problemas sobre a coleta de lixo, manutenção das ruas, praças.
BM - O senhor acredita que João conseguirá cumprir suas principais promessas, até o fim do ano?
EA - Não creio, afinal, resta pouco tempo para concretizá-las, além das dificuldades da gestão.
BM - Antes de João, Edvaldo Nogueira foi o prefeito. Como o senhor avalia a gestão de Edvaldo? Foi melhor que a de João?
EA - Se a administração de Edvaldo Nogueira tivesse atendido os anseios dos aracajuanos, o seu sucessor, ou seja, o candidato dele, teria sido eleito, o que não ocorreu, mesmo com todo apoio político: federal e estadual.
BM - Como senador, o que o senhor fez por Aracaju? Conseguiu recursos?
EA - Sempre destinamos emendas para os principais Hospitais públicos de Aracaju: Cirurgia, São José, Santa Izabel, sem esquecer, é claro, dos mais de R$ 160 milhões encaminhados para a construção do Hospital de Câncer. Além das reformas de praças, pavimentações. A conservação do Patrimônio Cultural da nossa Cidade, a exemplo da restauração da Catedral Metropolitana de Aracaju, que encaminhamos R$ 1 milhão em emendas. A finalidade foi sempre cuidar da nossa Aracaju. A relação das emendas para cada um dos 75 municípios pode ser acessada no nosso site oficia lwww.eduardoamorimse.com.br
BM - Qual o projeto do seu grupo político para 2018? André Moura pretende galgar cargos mais altos? Qual? O senhor apoia o projeto dele?
EA – Primeiro temos que passar por 2016, afinal, nós temos candidatos em quase todos os municípios. O deputado federal André Moura galgou espaços importantes no parlamento brasileiro, um espaço que nenhum sergipano conseguiu. Não lembro de termos um líder do governo, tivemos líder da oposição.
BM - O senhor pode disputar novamente a eleição pelo governo do estado, em 2018?
EA - Neste momento estou pensando em 2016, estou voltado para todos os municípios, principalmente Aracaju. Não penso em 2018.
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