“Nós, mulheres, esperávamos um pedido público de desculpas de Laércio Oliveira”

O PSB Mulher, através da sua secretaria Estadual das Mulheres, reafirma o conteúdo da nota de repúdio contra as declarações machistas e misóginas proferidas pelo deputado federal Laércio Oliveira, durante ato público na Confederação Nacional das Indústrias - CNI,  ao comemorar a aprovação pela Câmara dos Deputados da PEC da Terceirização Irrestrita no serviço público.

“O PSB Mulher tem autonomia para proferir qualquer nota ou declaração, sobretudo quando estas declarações têm absoluta consonância com os valores do PSB”, reafirmou Niully Campos, secretária estadual do PSB Mulher, durante entrevista ao radialista Gilmar Carvalho, na manhã desta sexta-feira (31), na Mix FM. "Esta busca pela igualdade de direitos é uma luta irreversível", avisou.

“Não se trata de questão pessoal nem político-partidária contra o deputado Laércio Oliveira. Nós manifestamos e manifestaremos sempre repúdio a quaisquer declarações discriminatórias e machistas de qualquer pessoa, independente de sigla partidária ou posição social que ela ocupe”, registrou.

A nota de repúdio foi uma reação do PSB Mulher de Sergipe, considerando infeliz e violento o conteúdo das declarações do deputado, quando manifestou em ato público que “ninguém faz faxina melhor do que a mulher”,  agravado  ainda por declaração na imprensa nacional de que "se deve ter preocupação com a mulher no chamado home office, caso ela, de forma agradável, resolva servir um cafezinho ao marido. Ou ainda, de forma chata, resolva cobrar ajuda dele no cuidado com os filhos ao ponto de fazê-lo querer sair de casa".

“O que nós esperávamos do deputado era um pedido público de desculpas a todas as mulheres pelo conteúdo das suas declarações e não um pedido de desculpas, alegando que foi mal interpretado”, condenou, asseverando que “mesmo no melhor dos contextos, as palavras de Laércio Oliveira são machistas e misóginas, ao ponto de ter provocado a reação imediata não só do PSB Mulher como de diversas entidades de assistência e atenção ao gênero feminino, "não só por se referir a atividades de asceio e conservação. Mas, exatemente, por perpetuar a associação da imagem da mulher a atividades não valorizadas, chamadas de guetos profissionais, por terem baixa remuneração e não terem todo os direitos trabalhistas assegurados.  Além de atribuir à mulher responsabilidade exclusiva pelo cuidado com os filhos e pela atividade doméstica", justificou Niully.

Assessoria de Comunicação,

PSB Mulher- PSB/SE