Poder e Cotidiano em Sergipe
Márcio Macêdo critica 29 de Novembro 17H:53

Márcio Macêdo critica "tom eleitoral" em discussões na Câmara

O deputado federal Márcio Macêdo (PT) rebateu, com dureza, nesta quarta-feira (29), durante reunião da Comissão de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Desenvolvimento Rural, as tentativas da oposição de inserir a questão eleitoral nos debates internos da Câmara Federal. Ele defendeu que os políticos serenem os ânimos e convivam democraticamente com o resultado da eleição do último domingo (26), que estabeleceu a vitória da presidente Dilma Rousseff (PT). Ele também rechaçou críticas feitas ao PT.


Em discussão com os deputados federais Ronaldo Caiado (DEM) e Nilson Leitão (PSDB), o parlamentar sergipano defendeu a abertura do diálogo para se chegar a um consenso sobre a convocação dos ministros de Minas e Energia, Edison Lobão, e da Agricultura, Neri Geller. O primeiro irá falar sobre a venda de 51% da Centrais Elétricas de Goiás (Celg) à Eletrobrás e o segundo dará esclarecimentos sobre o controle de qualidade de vacinas contra a febre aftosa.


“Convocar um ministro três dias após um processo eleitoral com as dimensões que foi esse pode simbolizar muito mais uma motivação política do que uma tentativa de resolver um problema para uma unidade federativa do Brasil”, argumentou Márcio Macêdo.


Em resposta ao deputado Nilson Leitão, o petista frisou que a Câmara Federal “tem tradição de busca de entendimento e acordo”. Ele frisou ainda que “a intolerância e o ódio pessoal não são bons conselheiros para a discussão política”. “Estamos tratando aqui da relação entre a Casa do povo e o governo federal. Estamos falando da convocação de ministros de estados. O esgarçamento desta relação não faz bem nem a Casa do povo nem ao governo”, reiterou.


Márcio disse também que o palanque eleitoral “ficou para trás”. “Já tem presidente eleita para os próximos quatro anos. O que estamos buscando aqui é um entendimento político. O ministro disse que topa vir discutir. Disse que aceitar vir no dia 13. Vamos transformar então essa convocação em convite, para que o debate seja harmonioso e produtivo”, ressaltou.


Em resposta às afirmações de Caiado, o deputado sergipano afirmou que o parlamentar do DEM não pode agir, dentro da Câmara, como se ainda estivesse vivendo nos tempos da ditadura. Isso porque o deputado do DEM afirmou que os ministros deveriam ser levados ao Congresso “debaixo de vara”.


“Vivemos numa democracia. Tem que ter respeito pelo parlamento e pelo estado democrático de direito. O senhor, deputado Caiado, está acostumado com o tempo das baionetas, no qual rodava o país em cima de um cavalo com uma taca nas mãos, enquanto eu estava nas ruas, no movimento estudantil, lutando por mais direitos. Venha devagar. Aqui é a casa do povo, tem que respeitar a democracia”, disse.


Márcio também saiu em defesa do PT.  “Caiado não pode responsabilizar o PT nem Dilma pela disputa que ocorreu nas redes sociais. Quero dizer a ele que a reeleição não foi o PT que criou. Tem denúncia de corrupção na reeleição com FHC. Não foi o PT q criou o fator previdenciário. O PT quer a reforma política para democratizar a disputa, para que o voto seja livre e soberano. Quanto à corrupção, nós somos a favor de qualquer tipo de investigação. Com Lula e Dilma, a PF teve total autonomia para investigar quem quer que fosse”, afirmou.


Na Comissão de Agricultura, a oposição é maioria, ainda assim o deputado federal Márcio Macêdo, na condição de vice-líder do PT, conseguiu obstruir a votação de uma das convocações, para assim evitar novos confrontos com direcionamento eleitoral. “Esse clima de eleição não faz bem ao país. Temos de aprovar as coisas respeitando o ritual da Casa”, ressaltou.

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