Os problemas recorrentes no aparelho de radioterapia do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) motivaram manifestações dos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE/SE) na sessão plenária da última quinta-feira, 24.
O tema foi levantado pelo procurador-geral do Ministério público de Contas, Sérgio Monte Alegre, que encaminhará representação por escrito para que o órgão exija dos gestores responsáveis providências imediatas.
De acordo com o procurador, a previsão de investimentos em novos equipamentos radioterápicos deveria ser prioridade. "Não há vida humana digna sem saúde. Como é que se faz uma Lei Orçamentária Anual sem que se priorize esse direito fundamental à vida? Entra ano, sai ano, é a mesma coisa. Algo precisa ser feito imediatamente", colocou.
Já a conselheira Susana Azevedo salientou que os pacientes locais estão precisando se deslocar até estados vizinhos em busca de tratamento. "É impressionante como os ex-governos deixaram chegar a situação até esse ponto. Um aparelho que funciona há 12 anos, sabendo que a população ia aumentar, que os casos de câncer vêm aumentando e nós não temos uma solução mediata", observou.
Conhecedora da área, a conselheira Angélica Guimarães, que é médica, fez uma avaliação técnica da situação, sugerindo aos gestores que invistam em mais equipamentos. "É preciso, pelo menos, de quatro tomógrafos, sendo dois para funcionar junto à radioterapia, e dois para o hospital geral, incluindo pronto socorro e as alas. Não dá para deixar o tomógrafo da radioterapia funcionando no pronto socorro", colocou.